Lucas Magalhães, acusado de envolvimento na morte da influenciadora Yasmin Macêdo, foi flagrado em uma festa realizada em um motel conhecido de Belém (PA), no último sábado. O episódio ocorreu enquanto ele aguarda julgamento pelo Tribunal do Júri, previsto para o próximo ano.
Segundo o jornal O Liberal, o evento reuniu mais de 150 pessoas e teve consumo de bebidas alcoólicas e drogas. A festa aconteceu mesmo com o acusado respondendo a um processo criminal de grande repercussão no estado.
De acordo com uma denúncia anônima encaminhada à Polícia Militar, no local haveria a presença de menores de idade e até armas de fogo. Viaturas foram enviadas ao motel, e imagens da movimentação policial e da festa passaram a circular nas redes sociais ainda durante a manhã.
Homem acusado de matar influenciadora é flagrado em festa em motel (Foto: Reprodução)
Em um dos vídeos, Lucas aparece tocando música, o que gerou críticas de internautas, que questionaram o fato de o acusado participar de um evento festivo enquanto aguarda julgamento por homicídio.
Em nota, a defesa do estabelecimento confirmou a ocorrência. O advogado Fernando Soares, que representa o motel, explicou que o evento foi dividido em diferentes núcleos. “Não era uma, eram três raves”, afirmou, detalhando que grupos distintos ocupavam áreas separadas, como suítes laterais e uma das áreas principais, onde cerca de 160 pessoas se concentraram.
Ainda segundo o advogado, a Polícia Militar chegou ao local com diversas viaturas e informou que apuraria as denúncias envolvendo menores, poluição sonora, drogas e armas. No entanto, ele afirmou não ter autorizado a entrada dos policiais nas dependências do motel. “Não permiti o ingresso deles. Isso é atribuição da Polícia Civil. Conversamos, eles entenderam nosso lado e foram embora após cerca de 20 minutos”, declarou.
De acordo com Fernando Soares, após aproximadamente dez minutos, os policiais deixaram o local sem realizar vistoria.
Entenda o caso
Lucas Magalhães é apontado como proprietário da embarcação em que Yasmin Macêdo estava antes de morrer, em dezembro de 2021. Ele foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio com dolo eventual, além de outros crimes, como porte ilegal de arma de fogo, disparos e fraude processual. O caso teve ampla repercussão no Pará e segue em tramitação na Justiça.
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