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Golpe do ‘falso médico’ financiava facção e usava falsos diagnósticos para extorquir famílias

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Golpe do ‘falso médico’ financiava facção e usava falsos diagnósticos para extorquir famílias

A Polícia Civil de Mato Grosso, em colaboração com a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, deflagrou nesta terça-feira(02), a Operação Cura Ficta, com o objetivo de desarticular um complexo grupo criminoso especializado no golpe do “falso médico”.

O esquema era coordenado por um detento de 35 anos da Penitenciária Major PM Eldo Sá Corrêa, em Rondonópolis, no Mato Grosso, que gerenciava as chamadas e a logística da fraude, inclusive utilizando roteiros encontrados em sua cela.

A investigação, iniciada após ocorrências em Porto Alegre e Canoas com prejuízos de dezenas de milhares de reais, resultou no cumprimento de nove mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão nos estados de Mato Grosso, Goiás e Rio de Janeiro.

Assista o vídeo: 

O modus operandi consistia em explorar a vulnerabilidade emocional de familiares com pacientes internados em UTIs. Os criminosos, passando-se por médicos ou diretores clínicos e utilizando nomes e fotos falsas, acessavam dados privilegiados das vítimas. Eles entravam em contato telefônico para informar um falso agravamento no quadro de saúde do paciente, como infecções graves, e exigiam pagamentos urgentes via pix para exames e medicamentos supostamente não cobertos pelo plano de saúde. Para sustentar a fraude, o grupo utilizava alta tecnologia, incluindo emuladores de android para simular múltiplos aparelhos celulares, o que dificultava o rastreamento policial.

As investigações revelaram uma sofisticada rede de lavagem de dinheiro e ocultação de identidade, com ramificações em diferentes estados. Foi identificada a participação de uma mulher em Rondonópolis, companheira de um dos envolvidos, que atuava como “braço direito” no gerenciamento financeiro, e de operadores no Rio de Janeiro responsáveis por fornecer e movimentar contas bancárias (um dos alvos chegou a ter 121 chaves pix cadastradas).

O ponto mais alarmante é que parte significativa dos lucros obtidos com o sofrimento das famílias hospitalizadas era destinada ao financiamento de uma facção criminosa com forte atuação no estado de Mato Grosso.

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