A polícia de Palm Beach, na Flórida (Estados Unidos), investiga um caso que reacendeu o debate sobre eutanásia e suicídio assistido nos Estados Unidos. Martha Blake (foto em destaque), de 66 anos, foi acusada de matar a própria mãe, Patricia Blake, de 97, encontrada morta em sua cama dentro da residência onde as duas viviam.
De acordo com as autoridades, o corpo da idosa estava coberto por lençóis e Martha se recusava a deixar o local quando os agentes chegaram. A autópsia apontou sinais claros de homicídio: pescoço quebrado, hemorragia em um dos olhos e coloração arroxeada da pele, especialmente na região do nariz, indícios compatíveis com morte por sufocação.
Patricia sofria de Parkinson, distúrbios da tireoide e outros problemas de saúde. Apesar disso, segundo os investigadores, ela ainda estava lúcida e não dependia de ajuda para se locomover.
Em depoimento citado pela imprensa americana, Martha afirmou que a mãe manifestava repetidamente o desejo de morrer. As conversas sobre uma “morte digna” teriam se intensificado após médicos negarem, cerca de um ano e meio antes, um pedido de suicídio assistido feito por ela, prática que não é permitida na Flórida.
Filha disse que agiu em comum acordo com a mãe
A filha foi a principal cuidadora da mãe nos últimos cinco anos. No relatório divulgado pelas autoridades, ela declarou que teria agido em comum acordo com a idosa, o que descreveu como um pacto para pôr fim ao sofrimento da idosa.
A Justiça, no entanto, trata o caso como homicídio. Martha Blake foi presa preventivamente, sem direito a fiança, e permanece detida. A próxima audiência do caso está marcada para o dia 27 de janeiro do próximo ano.
Leia mais:
Enfermeira de 29 anos é morta a tiro dentro de casa; marido policial militar é preso
Polícia investiga se adolescente foi dopada durante suruba em ônibus
Caso Ester: laudo revela causa da morte de menina encontrada em poço
