Familiares de Sabrina pedem acesso imediato e perícia técnica nas câmeras de segurança da fazenda onde ela, o companheiro Milton e três crianças teriam sido vistos pela última vez. Segundo o irmão da mulher, o local possui diversas câmeras que, conforme informado pelo administrador da propriedade, continuam gravando mesmo em caso de queda de energia.
De acordo com o relato da família, na quinta-feira, Sabrina, Milton e as três crianças chegaram à fazenda por volta das 17h40. As crianças desceram do carro e entraram na residência, seguidas pelos adultos. Em imagens descritas pelos familiares, Sabrina aparece posteriormente no quintal, realiza algumas atividades na área externa da casa e retorna para o interior do imóvel.
Ainda segundo a família, as gravações das câmeras teriam sido interrompidas por volta das 6h40 da sexta-feira e só voltaram a funcionar por volta das 20h30, após o suposto desaparecimento de Sabrina e das crianças. O companheiro alegou que o carro e o trator estavam quebrados, que não havia energia elétrica no local e que os celulares dele e do filho estavam descarregados, o que teria impedido qualquer contato com familiares.
Os parentes, no entanto, afirmam que quatro pessoas diferentes tentaram contato na sexta-feira, por meio de ligações e mensagens no WhatsApp e no Messenger, para pedir que fossem buscar medicamentos das crianças. As chamadas não foram atendidas, embora o celular tenha permanecido online e mensagens tenham sido visualizadas à noite, sem resposta.
Moradores de sítios e fazendas vizinhas, que utilizam a mesma rede elétrica, relataram que não houve queda nem pico de energia na quinta-feira. A família reforça que, mesmo em caso de interrupção no fornecimento, as câmeras continuariam gravando.
Para os parentes, a análise detalhada das imagens é fundamental para esclarecer o que ocorreu antes e depois do desaparecimento. Eles pedem perícia nas gravações, verificação da posição do carro e do trator antes e após a interrupção das câmeras, além da análise da movimentação na fazenda durante a sexta-feira e a manhã de sábado.
Emocionado, o irmão de Sabrina afirma que a família vive momentos de desespero desde o desaparecimento. Segundo ele, parentes e voluntários realizam buscas em canaviais, áreas de mata, rios e em diversas cidades da região, seguindo todas as informações recebidas.
“Estamos desde sábado sem dormir, rodando por vários lugares, com a esperança de encontrar a Sabrina e as crianças”, relata. A família diz não querer acusar ninguém, mas afirma que há muitas coincidências que levantam questionamentos, como a paralisação das câmeras, a suposta quebra de veículos, a falta de energia, os celulares descarregados e a ausência de respostas às tentativas de contato.
Outro ponto destacado é a versão de que Sabrina teria saído com as crianças enquanto o companheiro tomava banho. Para os familiares, não faz sentido que uma mulher com três crianças pequenas tenha sido deixada sozinha em uma estrada de terra, sem iluminação, a quilômetros da cidade mais próxima, Jaboticabal.
A família pede apoio das autoridades, da Patrulha Rural e da polícia para a análise das câmeras de segurança da fazenda e reforça o apelo à população. Qualquer informação sobre o paradeiro de Sabrina e das crianças deve ser comunicada pelo telefone 190.
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