Um jovem, de 20 anos, morreu após ser baleado por policiais militares durante uma operação realizada na quinta-feira (18) na Comunidade do Chaparral, na região da Penha, Zona Leste de São Paulo. O caso é investigado pelas autoridades e apresenta versões conflitantes entre familiares da vítima e a Polícia Militar.
Segundo relatos da família, Kauan estava dentro de casa quando policiais do 5º Batalhão de Ações Especiais da Polícia (BAEP) entraram no imóvel durante a ação. De acordo com a irmã do jovem, ele teria tentado se esconder no banheiro do segundo andar, mas foi seguido pelos agentes e atingido por diversos disparos. A família afirma que o jovem foi executado e que o corpo teria sido arrastado após os tiros.
Moradores da comunidade relataram ter ouvido uma sequência intensa de disparos ao longo da manhã. Imagens feitas por amigos da vítima mostram marcas de tiros nas paredes e manchas de sangue no interior da residência. A família também acusa policiais de terem danificado uma câmera de segurança de um vizinho, o que teria impedido o registro da ocorrência.
Já a versão apresentada pela Polícia Militar aponta que Kauan estaria armado e reagiu à abordagem. Conforme o boletim de ocorrência, os agentes entraram em um imóvel supostamente abandonado e, no andar superior, encontraram o jovem portando uma pistola calibre .40 com numeração raspada. Diante da suposta ameaça, os policiais afirmam ter atirado para conter a agressão.
Além da arma, a PM informou que foram apreendidos 12 tijolos de uma substância semelhante à maconha no local. O jovem chegou a ser socorrido e levado ao Hospital Municipal do Tatuapé, mas não resistiu aos ferimentos.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública informou que o caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e também por meio de inquérito policial militar. As armas envolvidas na ação foram recolhidas para perícia, assim como o material apreendido.
A família de Kauan cobra esclarecimentos e responsabilização, enquanto a investigação segue para apurar as circunstâncias da morte e verificar se houve irregularidades na atuação policial.
Foto: Arquivo pessoal.
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