Ícone do site Juruá Informativo

Falsa advogada usava carteira de estágio para atender chefes de facção em presídio

falsa-advogada-usava-carteira-de-estagio-para-atender-chefes-de-faccao-em-presidio

Falsa advogada usava carteira de estágio para atender chefes de facção em presídio

Uma mulher, de 46 anos, foi presa em flagrante após fingir ser advogada para atender presos ligados a facções criminosas dentro da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em Boa Vista, Roraima. A prisão ocorreu na segunda-feira (29) durante uma ação da Polícia Civil.

Segundo as investigações, a suspeita utilizava uma carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) referente ao período em que atuou como estagiária de Direito. O documento estava cancelado desde abril de 2024 e apresentava sinais evidentes de adulteração.

De acordo com a polícia, a mulher agendava atendimentos em nome de advogados regularmente inscritos na OAB, mas comparecia sozinha às unidades prisionais. Os atendimentos eram direcionados principalmente a integrantes e líderes das facções Comando Vermelho e Tren de Aragua, incluindo organizações de atuação internacional.

Investigações

Para os investigadores, a atuação da suspeita ia além da falsificação de documentos. Ela é apontada como responsável por facilitar a comunicação clandestina entre presos, aproveitando-se das prerrogativas da advocacia para driblar os protocolos de segurança do sistema prisional.

Durante a abordagem, os policiais encontraram bilhetes manuscritos com mensagens trocadas entre membros de facções, alguns escondidos nas roupas íntimas da mulher. Também foram apreendidos dinheiro em espécie, medicamentos controlados, aparelhos eletrônicos e documentos diversos.

A OAB em Roraima confirmou que a suspeita teve registro como estagiária, mas que a inscrição foi automaticamente cancelada após o vencimento do prazo legal. A entidade informou que acompanha o caso para preservar a imagem e o exercício regular da advocacia.

A mulher passou por audiência de custódia nesta terça-feira (30), quando a Justiça converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva. As investigações continuam para identificar possíveis cúmplices e ampliar o alcance das apurações sobre a atuação criminosa no sistema prisional do estado.

 

Leia Mais:

 

Sair da versão mobile