Execução de mulher trans seria recado do tráfico, aponta polícia

A execução de uma mulher trans de 51 anos, conhecida como Paulinha do Paraguaçu, no município de Santo Estêvão, no interior da Bahia, é investigada como um possível recado do tráfico de drogas. A principal linha de apuração indica que o crime pode ter sido ordenado por traficantes da cidade vizinha de Rafael Jambeiro, onde a vítima residia.

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Paulinha foi encontrada morta no último dia 21, com as mãos e a boca amarradas, além de ter sido atingida por diversos disparos de arma de fogo. De acordo com a investigação, a forma como o homicídio foi executado chama a atenção pelo grau de crueldade e pela intenção de intimidação. A vítima foi alvejada por 14 tiros de pistola calibre .40, o que, segundo a polícia, caracteriza um crime planejado para causar impacto e enviar uma mensagem clara.

As apurações apontam que, além de atuar na prostituição, Paulinha também estaria envolvida com o tráfico de drogas, fato que já era conhecido em Rafael Jambeiro. Ela havia sido presa anteriormente, nos anos de 2014 e 2017, por crimes relacionados ao comércio ilegal de entorpecentes, o que reforça a suspeita de ligação do assassinato com disputas criminosas.

Outro ponto que fortalece essa hipótese é a localização recente de um segundo corpo na mesma área onde Paulinha foi deixada. No dia 1º deste mês, a polícia encontrou um homem, também morador de Rafael Jambeiro, com as mãos e a boca amarradas e atingido por 18 tiros do mesmo calibre. A vítima não portava documentos, e o modo de execução apresenta semelhanças significativas com o caso anterior.

Apesar dos indícios, a autoria dos crimes ainda não foi identificada. A polícia afirma que as investigações estão em fase inicial e enfrentam dificuldades, principalmente pela resistência de moradores em prestar depoimentos. As equipes seguem em busca de informações que ajudem a esclarecer se as vítimas tinham vínculo direto com organizações criminosas e quem são os responsáveis pelas execuções.

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