O Comando do Sul dos Estados Unidos (U. S. Southern Command) informou, nesta quarta-feira (17), a realização de um novo ataque militar contra uma embarcação que, segundo Washington, era operada por uma organização classificada como terrorista. A ação ocorreu em águas internacionais do oceano Pacífico e resultou na morte de quatro homens, descritos pelas autoridades norte-americanas como “narcoterroristas”.
“Sob a direção do Secretário de Defesa, Pete Hegseth, a Força-Tarefa Conjunta Southern Spear realizou um ataque cinético letal contra uma embarcação operada por uma Organização Terrorista Designada em águas internacionais.”, diz o comunicado.
Quatro ‘narcoterroristas’ mortos
Segundo informado, o barco seguia por uma rota conhecida do narcotráfico. “Informações de inteligência confirmaram que a embarcação estava transitando por uma rota conhecida de narcotráfico no Pacífico Oriental e estava envolvida em operações de narcotráfico.”, prosseguiu.
Dados divulgados pelo governo norte-americano apontam que, apenas nesta região, já foram realizados ao menos 26 ataques aéreos contra embarcações suspeitas de atuar no transporte de entorpecentes em águas internacionais.
Desta vez, o ataque deixou quatro vítimas. “Um total de quatro narcoterroristas do sexo masculino foram mortos e nenhum militar dos EUA ficou ferido.”, finalizou o comunicado.
Tensão entre EUA e Venezuela
Apesar da justificativa de combate ao narcotráfico e ao terrorismo, a ofensiva acontece em meio ao agravamento das tensões políticas entre os Estados Unidos e a Venezuela. O presidente venezuelano Nicolás Maduro tem sido citado por autoridades norte-americanas como líder do chamado cartel de Los Soles, classificação que, segundo Washington, fundamenta ações militares fora do território dos EUA.
Nos últimos dias, o discurso da Casa Branca se intensificou. Ao anunciar a possibilidade de um bloqueio naval contra a Venezuela, o presidente Donald Trump acusou o governo de Caracas de se apropriar de petróleo, terras e outros ativos norte-americanos.
Embora não tenha detalhado quais bens teriam sido supostamente roubados, o petróleo voltou a ser citado como principal argumento para justificar a escalada contra o país sul-americano.
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