Descubra quais comidas que você não deve comer de jeito nenhum ao viajar de avião

Por trás das cortinas da cabine de um avião, a preparação das refeições é uma operação complexa, acelerada e cheia de limitações. Quem explica é Charlotte Crocker, ex-comissária de bordo que passou 12 anos trabalhando em voos de longa duração e conhece de perto os bastidores da alimentação servida aos passageiros.

Segundo ela, apesar dos esforços da tripulação para manter padrões elevados, o ambiente da chamada “cozinha de bordo” impõe desafios significativos. “A cozinha fica muito movimentada durante o serviço de bordo. Às vezes as tampas caem”, relatou. O espaço reduzido, aliado à correria, pode comprometer a manipulação ideal dos alimentos.

Charlotte afirma que é improvável que um passageiro sofra uma intoxicação alimentar durante um voo, mas ressalta que o bom senso é fundamental na hora de escolher o que consumir. “O senso comum é essencial”, reforça. A combinação entre falta de espaço e ritmo intenso faz com que nem sempre as condições sejam perfeitas.

Outro fator que influencia a experiência alimentar é a altitude. O corpo reage de forma diferente em grandes alturas, o que altera o paladar. De acordo com a ex-comissária, isso faz com que os passageiros tendam a consumir mais sal ou temperos fortes do que o habitual, o que pode gerar desconforto.

Alguns alimentos e bebidas também podem intensificar o mal-estar durante a viagem. O consumo de álcool, por exemplo, acelera a desidratação e aumenta a sensação de cansaço, especialmente em voos longos. Bebidas gaseificadas e comidas picantes também devem ser evitadas, pois costumam provocar inchaço e desconforto abdominal.

No quesito higiene, o alerta é ainda mais direto. Charlotte afirma que “a salada nem sempre é lavada”, o que a leva a recomendar que passageiros evitem saladas e frutas frescas que não estejam em embalagens totalmente lacradas. A orientação vale como medida de precaução, sobretudo para quem tem o estômago mais sensível.

Como alternativa, levar a própria refeição pode ser uma estratégia mais segura e previsível. Antes disso, é importante verificar as regras da companhia aérea e do aeroporto. A própria Charlotte conta que costuma priorizar alimentos simples. “Normalmente escolho sopas em pacote, saquinhos de chá, bolachas de aveia e mingau instantâneo em potes”, revelou.

Entender os limites do serviço de bordo, segundo a ex-comissária, ajuda o passageiro a fazer escolhas mais conscientes, reduzindo riscos à saúde e tornando a experiência de voo mais confortável.