Cinco vereadores de Turilândia, no Maranhão, que estavam foragidos, se entregaram à polícia nesta quinta-feira (25), feriado de Natal, na cidade de Pinheiro. O caso faz parte de uma investigação que envolve o prefeito Paulo Curió (União Brasil), a primeira-dama Eva Curió, a ex-vice-prefeita Janaína Lima, o marido dela, Marlon Serrão, e o contador da prefeitura, Wandson Barros.
A Justiça manteve a prisão preventiva de todos eles e autorizou que o presidente da Câmara Municipal, José Luis Araújo, também do União Brasil, que cumpre prisão domiciliar, assuma interinamente a chefia do Executivo municipal.
O Ministério Público (MP) aponta que o prefeito, a vice e todos os 11 vereadores titulares são suspeitos de integrar um esquema de corrupção, com fraudes em licitações e desvio de cerca de R$ 56 milhões de recursos públicos. Apenas na área da saúde e da assistência social, o valor desviado teria chegado a R$ 43 milhões.
Corrupção com desvio de R$ 56 milhões
Segundo a investigação, empresas de fachada ou controladas pelo próprio grupo emitiam notas fiscais por serviços que não eram realizados. A prefeitura efetuava os pagamentos e, depois, a maior parte do dinheiro retornava para contas ligadas ao contador, enquanto as empresas ficavam com uma comissão de 10% a 15%.
Em três anos, um posto de combustíveis ligado à ex-vice-prefeita e ao marido recebeu mais de R$ 17 milhões por abastecimentos que, de acordo com o MP, não ocorreram. Mensagens obtidas pelos investigadores também indicam negociações entre os envolvidos.
Moradores relatam que, apesar dos altos valores destinados à saúde, a estrutura do hospital municipal seria precária, com falta de medicamentos e leitos em más condições. O caso segue sob análise da Justiça.
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