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Carro voador elétrico entra em produção nos EUA; conheça

Carro voador elétrico entra em produção nos EUA; conheça

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A ficção científica está cada vez mais próxima da realidade: a startup estadunidense Alef Aeronautics deu início à produção de seu inovador carro voador elétrico, o Model A, na Califórnia (EUA).

Este marco significativo na mobilidade aérea pessoal coloca a empresa na vanguarda do transporte futurista, com as primeiras unidades destinadas a um seleto grupo de clientes para testes em condições rigorosamente controladas, visando coletar dados cruciais antes de uma expansão maior.

Portal na internet da Alef
Empresa demorou dez anos para trazer o protótipo à realidade (Imagem: Robert Way/Shutterstock)

Alef Aeronautics: decolagem rumo ao futuro da mobilidade

Projeto do carro voador elétrico tem uma década

O Model A da é o resultado de uma década de pesquisa e desenvolvimento. Apresentado oficialmente em 2022, após ter seu protótipo em 2016 e voos de teste em tamanho real em 2018, o veículo obteve a crucial certificação de aeronavegabilidade da Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) em 2023.

Essa aprovação regulatória foi um passo fundamental para tirar o conceito do papel e levá-lo para a linha de produção. A empresa, que conta com o apoio de investidores notáveis, como Tim Draper, um dos pioneiros no investimento em Tesla e Bitcoin, está firmemente posicionada para desbravar este novo segmento.

Parte da construção do carro da Alef é artesanal (Imagem: Divulgação/Alef Aeronautics)

Jim Dukhovny, CEO da Alef, expressou o entusiasmo da equipe ao anunciar o cumprimento do cronograma: “Temos o prazer de informar que a produção do primeiro carro voador começou dentro do prazo previsto. A equipe trabalhou arduamente para cumprir o cronograma, pois sabemos que as pessoas estão aguardando. Finalmente, conseguimos dar início à produção.”

O que realmente diferencia o Model A de outros projetos de mobilidade aérea é sua dupla funcionalidade.

Diferente dos eVTOLs (veículos elétricos de decolagem e pouso vertical) que operam como táxis aéreos e dependem de vertiportos, o elétrico pode circular normalmente pelas ruas e estacionar em vagas comuns. Ao mesmo tempo, ele oferece a capacidade de decolagem vertical, eliminando a necessidade de pistas e decolando diretamente de um estacionamento ou via.

O processo de fabricação inicial envolve uma combinação de técnicas robóticas e industriais com um toque artesanal, garantindo a montagem e testes rigorosos de cada componente.

As primeiras unidades, montadas manualmente nas instalações da Alef no Vale do Silício, levarão vários meses para serem concluídas e serão entregues a um grupo seleto de clientes iniciais, que receberão treinamento e suporte contínuo para testar os veículos em situações controladas e fornecer feedback valioso para otimizar a produção e aprimorar o modelo antes de uma escala maior.

Imagens divulgadas em fevereiro demonstraram voos de teste bem-sucedidos em ambiente urbano, reforçando a viabilidade do projeto.

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Em termos de segurança, o Model A também atinge as expectativas. Equipado com propulsão elétrica distribuída, redundância multicamadas, diagnósticos avançados, sistemas de desvio de obstáculos, capacidade de pouso planado e até um paraquedas balístico, o veículo foi projetado com múltiplas camadas de proteção.

A cabine com suspensão cardânica, sistema de elevons e hélices totalmente fechadas contribuem para a estabilidade e eficiência do voo. O Model A está disponível para pré-venda pelo valor de US$ 300 mil (R$ 1,6 milhão), com a empresa já vislumbrando um futuro ainda mais ambicioso: o Model Z, sedã de quatro lugares planejado para 2035, com um preço de US$ 35 mil (R$ 1,9 milhão), e capacidades de voo autônomo, prometendo 321 km de voo e 643 km de direção.

FAA já deu sinal verde para produção em massa do veículo (Imagem: Mehaniq/Shhutterstock)

Embora ainda em fase de testes e com um preço inicial elevado, a visão de longo prazo da Alef aponta para um futuro onde o transporte pessoal aéreo pode se tornar acessível e prático, redefinindo o conceito de mobilidade e conectividade urbana e, potencialmente, trazendo um novo nível de liberdade e conveniência para o dia a dia.

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