O Brasil registrou mais de 1.400 casos de feminicídio em 2025, com 718 ocorrências apenas no primeiro semestre do ano, conforme aponta o Mapa Nacional da Violência, levantamento elaborado pelo Observatório da Mulher Contra a Violência, do Senado Federal. Os números indicam uma média de cerca de quatro mulheres mortas por dia.
O relatório também revela que, no mesmo período, foram registrados 33.999 casos de estupro contra mulheres, o que representa uma média aproximada de 187 ocorrências por dia. O cenário evidencia que a violência contra a mulher segue como um dos principais desafios de segurança pública e de direitos humanos no país.
Especialistas destacam que, apesar da existência de legislações como a Lei Maria da Penha e da tipificação do feminicídio no Código Penal, ainda há entraves significativos para que a proteção às vítimas seja realmente efetiva. Entre os principais problemas estão a dificuldade de acesso aos serviços especializados, a lentidão nas investigações e a falta de integração entre os órgãos de atendimento.
Organizações que atuam na defesa das mulheres ressaltam que muitas vítimas enfrentam um ciclo prolongado de agressões antes de chegarem aos desfechos mais graves. Fatores como dependência financeira, medo de retaliação e ausência de redes de apoio contribuem para a subnotificação dos casos.
Entre os episódios recentes que chocaram o país está o de Tainara, jovem que foi arrastada por um veículo. Ela ficou gravemente ferida, passou por procedimentos médicos complexos e acabou falecendo na última quinta-feira (25).
O caso se tornou símbolo das múltiplas formas de violência que atingem mulheres em todo o Brasil.
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