A liberação de milhares de documentos dos “Arquivos Epstein”, nesta sexta-feira (19), trouxe à tona novas fotografias inéditas de Bill Clinton ao lado do financista Jeffrey Epstein e de Ghislaine Maxwell, ambos condenados por crimes sexuais. O material foi divulgado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, com base na Lei de Transparência dos Arquivos Epstein.
Clinton em uma jacuzzi ao lado de uma pessoa não identificada – Foto: Reprodução
Clinton nadando ao lado de Maxwell – Foto: Reprodução
Bill Clinton e uma mulher não identificada – Foto: Reprodução
Entre as imagens reveladas, há registros do ex-presidente americano sem camisa em uma jacuzzi, ao lado de uma pessoa cujo rosto foi ocultado, além de fotos em que Clinton aparece nadando em uma piscina com Ghislaine Maxwell e outra mulher, também com a identidade preservada. Outro registro mostra o ex-presidente segurando uma bebida ao lado de Epstein, que morreu em 2019 enquanto aguardava julgamento por acusações federais de tráfico sexual.
Até o momento, não há informações oficiais sobre o local ou a data em que as fotografias foram tiradas, nem confirmação se as pessoas que aparecem próximas ao ex-presidente são vítimas dos crimes cometidos por Jeffrey.
Apesar da repercussão, Bill Clinton nunca foi acusado formalmente pelas autoridades de envolvimento nos crimes relacionados ao caso. Em declarações anteriores, um porta-voz do ex-presidente afirmou que ele rompeu relações com Epstein antes de sua prisão e que não tinha conhecimento dos abusos praticados pelo financista.
“O presidente Clinton não sabe nada sobre os crimes terríveis pelos quais Jeffrey Epstein se declarou culpado na Flórida nem sobre aqueles pelos quais foi posteriormente acusado em Nova York”, disse o porta-voz Angel Ureña, em nota divulgada à época.
Disputas políticas em Washington
A divulgação dos arquivos ocorre em meio a disputas políticas em Washington. A Casa Branca tem apresentado a liberação dos documentos como uma demonstração de transparência do governo Trump, enquanto critica democratas por supostos vínculos com Epstein. O tema ganhou força após pressão do Congresso, inclusive de parlamentares republicanos, que exigiram a publicação integral dos registros.
O Departamento de Justiça ressaltou que dados pessoais capazes de identificar vítimas foram ocultados, conforme exige a lei, e destacou que a simples presença de nomes ou imagens nos arquivos não implica envolvimento criminal automático.
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