Karen Suzany Magalhães, conhecida pelo apelido de “Sinistra”, é apontada pelas investigações como uma das principais lideranças da facção criminosa Comando Vermelho (CV) no bairro Conjunto Metropolitano (Picuí), em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza. Segundo a Polícia Civil, ela exercia controle sobre o tráfico de drogas na área e teria poder para determinar expulsões de moradores e autorizar execuções.
A Justiça do Ceará, por meio da Vara de Delitos de Organizações Criminosas, decidiu manter a prisão preventiva da investigada. A decisão destacou que não houve excesso de prazo na apuração e que existem fortes indícios de envolvimento com organização criminosa, além do risco que sua liberdade representaria à ordem pública.
Karen é proprietária do Studio Karen Moreira, voltado para serviços de design de cílios, e está presa desde junho de 2025. Ela responde por tráfico de drogas, associação para o tráfico e integração em organização criminosa.
No dia da prisão, policiais apreenderam quatro pacotes de cocaína, um tablete de maconha, outras porções de entorpecentes, dinheiro em espécie, um telefone celular e uma bicicleta no local onde ela foi capturada.
De acordo com depoimento de testemunha protegida, Karen teria assumido a função de “gerente do tráfico” no Picuí e recebia ordens diretas de integrantes do Comando Vermelho que estariam escondidos no Complexo da Penha, no Rio de Janeiro. Essas lideranças repassariam comandos relacionados ao tráfico e a homicídios no Ceará.
As investigações indicam ainda que Karen comandava o chamado terceiro setor do Picuí e subordinava outros integrantes da facção, identificados por apelidos, responsáveis por diferentes áreas do território dominado pelo grupo criminoso.
A denúncia do Ministério Público do Estado do Ceará também inclui acusações de furto e extorsão, associadas à expulsão de moradores de suas casas. Um dos casos citados envolve um homem conhecido como “Rodrigo Louro”, que teria sido retirado de um imóvel após seu companheiro, ligado à facção, ser preso com uma arma de fogo. Segundo relatos, “Sinistra” teria decretado a morte dele e se apropriado de bens como motocicleta e imóveis.
Outros moradores também teriam sido expulsos da região, mas muitos não denunciaram os crimes por medo de represálias. Conforme a investigação, dois homens conhecidos como “MT” e “Cricri” estariam entre os executores que atuavam sob as ordens de Karen.
Em nota, a defesa da acusada afirmou que ela é inocente, que as acusações são infundadas e que a verdade será comprovada ao longo do processo, ressaltando a confiança no devido processo legal e na presunção de inocência.
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