A atriz Gaby Spanic, conhecida internacionalmente pelo papel das gêmeas Paola Bracho e Paulina Martins na novela La Usurpadora, passou a ser alvo de uma acusação formal apresentada por sua ex-assessora no Brasil, Suelen dos Santos Monteiro. Com exclusividade, o Bacci Notícias teve acesso ao processo contra a artista.
O caso está registrado em inquérito policial e reúne relatos de agressão física, violência psicológica, calúnia, difamação pública e incitação ao ódio, segundo consta nos autos.
O início do conflito
De acordo com o documento, os fatos teriam ocorrido na madrugada de 17 de dezembro de 2024, por volta das 3h30, quando atriz e assessora estavam hospedadas no Hotel Meliá Paulista, em São Paulo. Na ocasião, Gaby Spanic estaria ao telefone relatando a terceiros que sua viagem ao Brasil havia sido negativa e que teria sido maltratada pela equipe local.
A assessora afirma que interveio na ligação, alegando que as informações não eram verdadeiras. Conforme o relato, a atriz estaria visivelmente embriagada, após consumir três garrafas de vinho. Após ser contrariada, a situação teria evoluído para agressão.
Relato de agressão física
Segundo o depoimento, Gaby Spanic teria desferido três tapas no rosto e na cabeça da assessora, puxado seus cabelos, dado um soco no olho esquerdo, além de arranhar o rosto com as unhas e quebrar os óculos da vítima. Ainda conforme o documento, durante a agressão, a atriz teria proferido frases depreciativas e ameaças, afirmando que poderia destruir a carreira da assessora e que teria influência para mandá-la prender no Brasil, no México e nos Estados Unidos.
Após o episódio, a ex-assessora relata que foi orientada a manter o ocorrido em sigilo, sob o argumento de que a situação poderia prejudicar a imagem pública da atriz.
Rompimento profissional e acusações públicas
Cerca de um mês depois, com o encerramento do vínculo profissional e o bloqueio da assessora nas redes sociais, o caso ganhou novos contornos. Conforme o inquérito, Gaby Spanic teria passado a acusar publicamente a ex-assessora, afirmando que teria sido agredida por ela.
A partir de março de 2025, a atriz concedeu entrevistas e realizou transmissões ao vivo nas redes sociais, onde passou a alegar que a ex-assessora teria tentado beijá-la e tocá-la de forma indevida, versão que a denunciante classifica como falsa e contraditória em relação a declarações anteriores.
Ataques virtuais e impacto psicológico
As declarações públicas teriam provocado uma onda de ataques virtuais, segundo o documento. A ex-assessora afirma ter recebido ameaças de morte, mensagens intimidatórias, ofensas e incitação ao linchamento, supostamente promovidas por fãs da atriz após as falas divulgadas em programas de TV e redes sociais.
O inquérito aponta que a vítima registrou boletins de ocorrência por lesão corporal, calúnia e ameaça, relatando também o surgimento de perfis falsos que teriam tentado coagi-la a retirar as denúncias.
Consequências à saúde e pedidos à Justiça
Ainda conforme os autos, a ex-assessora afirma sofrer abalo psicológico severo, necessitando de tratamento psiquiátrico, uso de medicamentos para dormir e acompanhamento oftalmológico em razão do trauma ocular decorrente da agressão.
No documento, ela solicita que os fatos sejam investigados pelas autoridades competentes, destacando que busca responsabilização judicial pelos danos físicos, morais e materiais alegados, além de denunciar o que considera uma campanha de difamação sustentada pela notoriedade pública da atriz.
Situação atual
O caso segue em fase de investigação, com documentos, depoimentos, registros policiais e pedidos de apuração formal já anexados ao inquérito. Até o momento, não há decisão judicial definitiva sobre o mérito das acusações.
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