Acusado de estuprar e matar criança é executado a tiros menos de 24 horas após deixar prisão

João Ferreira da Silva, de 46 anos, foi morto a tiros na manhã de quarta-feira (10), em Sinop, a 503 km de Cuiabá, menos de 24 horas depois de deixar a Penitenciária Osvaldo Ferreira Leite. O pedreiro havia sido liberado após a Justiça expedir um alvará de soltura. Ele cumpria pena pelo estupro e assassinato de Bruno Aparecido dos Santos, de 9 anos, crime registrado em 2005.

Execução em frente a pousada

Câmeras de segurança flagraram o momento em que dois homens se aproximam de João na calçada de uma pousada. Nas imagens, um deles empurra o pedreiro e, em seguida, dispara várias vezes. O comparsa permanece ao lado, dando cobertura durante toda a ação. A vítima cai no chão enquanto os suspeitos deixam o local logo depois.

Equipes da Polícia Militar, Polícia Civil e da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) foram acionadas e isolaram a área. A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Sinop informou que apura a identidade dos autores, a motivação do ataque e se o crime tem relação com a recente soltura do pedreiro.

Condenação pelo caso Bruno

João Ferreira ficou conhecido após ser apontado como responsável pela morte de Bruno Aparecido dos Santos, de 9 anos, em 28 de outubro de 2005. De acordo com a investigação da época, ele teria atraído o menino para uma casa em construção.

Em depoimento inicial, João confessou que agrediu e violentou a criança antes de matá-la. Em seguida, enterrou o corpo próximo ao local. A família acionou as autoridades após perceber que o menino não havia retornado para casa, mobilizando buscas em diversos pontos da cidade.

Dez dias depois, o pedreiro foi preso ao tentar atacar outra criança. Durante buscas na obra onde trabalhava, policiais encontraram indícios que o ligavam ao desaparecimento de Bruno, incluindo bolinhas de gude pertencentes ao menino. Confrontado, ele confirmou o crime e indicou o ponto onde havia enterrado o corpo.

O processo reuniu laudo de necropsia, mapa de lesões, análise da cena e provas de ocultação de cadáver. Mais tarde, em juízo, João alegou que “não se recordava se foi ou não o autor dos fatos”, mas a condenação foi mantida.

Investigação em andamento

A DHPP trabalha para identificar os dois suspeitos e determinar se a execução está relacionada a vingança, acerto de contas ou outro tipo de motivação. Até o momento, ninguém foi preso.

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