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2026 deve ser um ano agitado para a astronomia; saiba tudo

2026 deve ser um ano agitado para a astronomia; saiba tudo

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No Olhar Espacial desta sexta-feira (12), Marcelo Zurita recebeu Antônio Rosa Campos, astrônomo amador e criador do Almanaque Astronômico Brasileiro, para apresentar um panorama completo dos principais eventos astronômicos previstos para 2026. Entre eclipses, oposições planetárias e até a possibilidade de novos cometas interestelares, o próximo ano promete um calendário recheado para observadores do céu.

Um dos grandes destaques é um eclipse lunar parcial, previsto para a segunda quinzena de agosto, com visibilidade especialmente favorável para o Brasil. Diferente de muitos eclipses que só podem ser vistos parcialmente daqui, esse ocorrerá diretamente sobre o território brasileiro, aumentando as chances de uma observação clara e prolongada. “É um evento muito interessante porque acontece em um horário confortável e com grande parte do fenômeno visível do Brasil”, explicou Antônio Rosa Campos.

2026 também será um ano favorável para observar planetas

Além do eclipse lunar, o Almanaque destaca diversas oposições de planetas, períodos em que corpos como Marte, Júpiter e Saturno ficam mais próximos da Terra e, portanto, mais brilhantes no céu. O calendário também traz informações detalhadas sobre órbitas estacionárias, conjunções e outros alinhamentos que ajudam tanto iniciantes quanto observadores experientes a planejarem suas rotinas astronômicas. “Quando um planeta entra em oposição, ele fica visível a noite toda e atinge seu máximo brilho”, explicou o astrônomo amador durante o programa.

Sistema solar viverá ano agitado em 2026. (Imagem: Paopano/Shutterstock)

Outro tema que chamou atenção no episódio foi o monitoramento de possíveis cometas interestelares que podem cruzar o Sistema Solar em 2026. Após casos raros como o 3I/ATLAS, astrônomos seguem atentos a objetos vindos de fora da nossa vizinhança cósmica, que carregam pistas valiosas sobre a formação de outros sistemas estelares. “Eles surgem sem aviso e seguem trajetórias completamente diferentes dos cometas que já conhecemos”, destacou Antônio Rosa Campos.

Segundo o astrônomo, esses visitantes são extremamente difíceis de detectar. “Quando confirmamos que um objeto é interestelar, estamos literalmente observando material formado ao redor de outra estrela”, completou.

Representação artística do cometa 3I/ATLAs acelerando para longe do Sol, com duas caudas evidentes: a iônica e a de poeira. Crédito: Imagem gerada por IA/Gemini

Um guia que une astronomia e saber ancestral

“O futuro é ancestral” – e a edição deste ano da publicação é inspirada nessa ideia do líder indígena brasileiro Ailton Krenak, reconhecido mundialmente como filósofo, escritor, jornalista, ambientalista e ativista dos direitos indígenas e socioambientais. O almanaque reforça que observar o céu não é só antecipar o que está por vir, mas também reconectar saberes transmitidos por gerações. É um lembrete de que tradição e ciência podem caminhar lado a lado.

Leia mais:

O Almanaque Astronômico é gratuito e pensado para qualquer pessoa interessada em acompanhar o céu brasileiro. O material combina dados científicos precisos com explicações diretas, criando um guia prático que facilita a vida de quem gosta de observar fenômenos celestes.

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