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Vinho de açaí que encantou Lula tem origem acreana e pode ser destaque na COP30

Uma reportagem divulgada pela revista Veja revelou que o “vinho de açaí”, escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ser servido a líderes estrangeiros durante a COP30, em Belém (PA), tem uma curiosa ligação com o Acre.

O “vinho de açaí”, escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ser servido a líderes estrangeiros durante a COP30: Foto/Reprodução

De acordo com a publicação, o ex-senador João Capiberibe, do Amapá, iniciou a produção da bebida após receber, em plena pandemia, um vinho artesanal de açaí feito por um mestre cervejeiro acreano. O sabor e a originalidade do presente despertaram nele o desejo de criar sua própria versão, que hoje é reconhecida como uma das bebidas amazônicas mais requintadas do Brasil.

Durante a entrevista, Lula adiantou o que pretende oferecer aos convidados internacionais. “Eles vão tomar vinho de açaí”, disse o presidente, explicando que a ideia é promover uma “surpresa etílica” e, ao mesmo tempo, valorizar os produtos típicos da Amazônia.

A Veja informou que o produto, classificado tecnicamente como uma bebida fermentada de frutas, foi analisado pela Embrapa Agroindústria Tropical. O estudo apontou semelhanças sensoriais com vinhos tintos tradicionais, como os produzidos com as uvas Touriga Nacional e Tempranillo.

Atualmente, Capiberibe mantém a produção no sítio Flor de Samaúma, localizado em Macapá (AP), onde elabora dez rótulos diferentes: oito de açaí e dois brancos, feitos de cupuaçu e taperebá. Além da produção, o ex-senador oferece cursos de vinificação a comunidades ribeirinhas, incentivando práticas sustentáveis e o aproveitamento econômico da floresta.

“A floresta em pé sempre foi a minha bandeira. Fazer esse vinho é uma maneira de parar de exportar riqueza e ficar com a pobreza”, declarou Capiberibe à Veja.

Apesar da declaração de Lula sobre o vinho, ainda não houve qualquer pedido oficial para incluir a bebida no cardápio da COP30. Mesmo assim, o produtor segue otimista. “Tenho aqui prontas pelo menos 3 mil garrafas. Espero vender todas pra ele”, afirmou.

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