A técnica de enfermagem Raiza Bentes, de 22 anos, prestou depoimento nesta sexta-feira (28) sobre a aplicação da superdose de adrenalina que levou à morte do menino Benício Xavier de Freitas, em um hospital particular de Manaus. Com apenas sete meses de formação, ela afirmou à Polícia Civil que seguiu exatamente a prescrição da médica plantonista, Juliana Brasil Santos.
Segundo o depoimento, Raiza relatou que, após o quadro de Benício se agravar, a médica teria demonstrado mais preocupação em identificar um responsável pelo erro do que em prestar socorro imediato à criança. A técnica reforçou que não tomou decisões próprias sobre dosagem e que cumpriu aquilo que foi determinado pela profissional responsável pelo atendimento.

Pequeno Benício Xavier de Freitas morreu após receber dose de adrenalina na veia em hospital de Manaus — Foto: Divulgação
A morte de Benício, que gerou forte comoção em Manaus, segue sob investigação. A Polícia Civil apura possíveis falhas na prescrição, na administração do medicamento e na condução do atendimento emergencial dentro do hospital. Tanto a técnica quanto a médica devem ser ouvidas novamente conforme novos elementos forem anexados ao inquérito.
O caso repercutiu nas redes sociais, onde internautas comentaram a postura da técnica no depoimento, destacando que reações emocionais não devem ser usadas como critério de julgamento. “Se chora, julgam; se fica firme, julgam também. Só Deus sabe como ela está por dentro”, escreveu uma usuária.