Suzane von Richthofen é psicopata? O laudo dos psicólogos de Tremembé

“Psicopata”, “narcisista”, “doente”, “dissimulada”, “fria e calculista” e “assassina”. Esses são alguns dos adjetivos atribuídos a Suzane von Richthofen ao longo dos últimos 20 anos, desde que foi condenada, em 2002, por orquestrar o assassinato dos próprios pais.

Hoje em regime aberto, casada e com um filho, Suzane volta ao centro das atenções em Tremembé, nova série do Prime Video que chega ao streaming nesta sexta-feira (31/10).

A produção mergulha nos bastidores da vida de Suzane e de outros detentos do presídio conhecido como “dos famosos”, onde ela cumpriu mais de duas décadas da pena de 34 anos e 4 meses. Durante esse período, foi submetida a testes e avaliações psicológicas, parte dos procedimentos exigidos para tentar progredir de regime na Justiça.

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Suzane von Richthofen

Robson Fernandes/AE

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Suzane von Richthofen

Reprodução/Internet.

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reprodução

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Suzane von Richthofen foi condenada pela morte dos pais, Manfred e Marísia, em 2002

Reprodução/TV Vanguarda

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O último namoro da criminosa foi com Rogério Olberg. Parte do relacionamento aconteceu por cartas

Foto cedida ao Metrópoles

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Suzane von Richthofen, condenada a 39 anos pela morte dos pais

Ullisses Campbell/Veja

Em Suzane: Assassina e Manipuladora, biografia de Ulisses Campbell que inspirou a série, o autor reproduz trechos de laudos psicológicos com mais de 2 mil páginas elaborados a partir da análise da mente de Suzane von Richthofen.

Entre os testes aplicados esteve o Rorschach, conhecido por utilizar pranchas com manchas de tinta preta para investigar aspectos da personalidade e cognição. Segundo Campbell, a natureza manipuladora de Suzane teria se revelado antes mesmo do início do exame: os avaliadores desconfiaram que ela subornou um psicólogo para ter acesso prévio ao material e se preparar para as respostas.

Mesmo assim, os profissionais responsáveis conseguiram traçar um retrato detalhado de sua mente, apontando traços de egocentrismo, narcisismo, manipulação e imaturidade emocional. Em nenhuma das mais de duas mil páginas, no entanto, há menção a comportamentos psicopáticos.

Suzane, por sua vez, contestou as conclusões dos especialistas. “Eu mudei. Hoje tenho outra visão da vida. Estou aceitando mais as coisas. Me sinto mais madura. Sou uma pessoa contida e não agressiva. Não tem a menor chance de eu cometer um crime novamente. Não me considero uma psicopata”, afirmou à época, em conversa com o assistente social que a acompanhava.

Desde 2023, ela cumpre pena em regime aberto. Vive atualmente em Águas de Lindóia (SP) com o marido, o médico Felipe Zecchini Muniz, e a filha do casal, nascida em janeiro de 2024.