Uma fala do senador Jorge Seif (PL-SC) durante discurso no plenário do Senado Federal gerou forte repercussão nas redes sociais nesta semana. Ao criticar a deputada estadual Ana Campagnolo (PL-SC), o parlamentar afirmou que ela “não era nada até ontem, era professora”, frase que foi interpretada como um desrespeito à categoria dos profissionais da educação.
Parlamentar afirma que frase foi tirada de contexto e diz ter “profundo respeito pela categoria”/Foto: Reprodução
O comentário ocorreu no momento em que Seif defendia a candidatura de Carlos Bolsonaro ao Senado por Santa Catarina, em 2026. Segundo ele, o ex-presidente Jair Bolsonaro teria pedido apoio ao filho, e algumas lideranças que “usufruíram” do prestígio político de Bolsonaro agora estariam se voltando contra o grupo.
“Vem uma deputada estadual, que não era nada até ontem, era professora, e agora está se achando líder da direita em Santa Catarina, falando mal do filho do presidente Bolsonaro”, disse Seif na tribuna.
A declaração foi amplamente criticada, especialmente por professores e entidades ligadas à educação, que consideraram o discurso como uma tentativa de desvalorizar a profissão.
Retratação e esclarecimento
Diante da repercussão negativa, Jorge Seif divulgou uma nota oficial na quarta-feira (6) afirmando que suas palavras foram “retiradas de contexto”. O senador disse ter “profundo respeito pelos professores” e classificou a profissão como “uma das mais dignas e essenciais da sociedade”.
Segundo ele, a expressão “não era nada” fazia referência apenas à trajetória política de Campagnolo antes de ser eleita deputada, e não à sua atuação como educadora.
“O ponto central da minha fala foi que nós, que hoje temos mandato, fomos alçados a isso graças ao apoio e à confiança do presidente Jair Bolsonaro e do povo catarinense”, explicou o parlamentar.
