A saída de William Bonner do Jornal Nacional, que estava prestes a completar três décadas à frente do telejornal mais importante da TV Globo, motivou a Globo a reforçar seu planejamento interno para o futuro do telejornal.
A Globo iniciou movimentações internas para se antecipar e definir quem assumirá a cadeira ao lado de Renata Vasconcellos quando for necessário — uma disputa tratada como parte do planejamento de longo prazo do telejornal.
Profissionais que acompanham o dia a dia da emissora afirmam que três apresentadoras do rodízio de folgas e férias aparecem como nomes fortes nesse processo. Todas já foram testadas na bancada e têm trajetória consolidada.
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Ana Paula Araújo
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Aline Midlej
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Renata Lo Prete
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Renata Vasconcellos
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A saída de Renata Vasconcellos, até o momento, é apenas uma hipótese. Vale lembrar que, no caso de Bonner, foram mais de cinco anos de tratativas até o anúncio oficial. Ainda de acordo com a publicação, a expectativa é de que Renata permaneça ainda por um bom tempo à frente do telejornal.
As três apresentadoras cotadas para o JN
Com 31 anos de emissora, Ana Paula Araújo, do Bom Dia Brasil, talvez seja a favorita dos executivos da Globo. Estreou no JN em 2011, depois de se destacar no antigo RJTV e em reportagens de peso. É reconhecida pela capacidade rara de conduzir transmissões ao vivo improvisando com segurança. Fora das câmeras, mantém produção relevante como autora e debatedora sobre violência doméstica e abuso sexual.
Aline Midlej, âncora do Jornal das Dez desde 2021, também entrou rápido no radar. Criou estilo próprio — comentários firmes, cobranças diretas a autoridades — e, dois meses depois da estreia na GloboNews, já ocupava eventualmente a bancada do JN. Tem se tornado uma das vozes mais contundentes contra o racismo, com crônicas que ecoam demandas sociais. Em quase seis décadas de telejornal, nenhuma mulher negra foi apresentadora fixa do JN, apesar de as brasileiras pretas formarem o maior grupo populacional do país.
Outro nome lembrado é Renata Lo Prete. Pela tradição da Globo, o titular do Jornal da Globo costuma integrar o rodízio do JN, regra que só não se aplicou a ela até agora. Desde 2017 no comando do noticiário noturno, Lo Prete é peça-chave em coberturas eleitorais e análises políticas.
A publicação destaca que a emissora nunca explicou por que ela não aparece no turno das 20h30 — silêncio que aumenta a especulação de que possa surgir como opção futura, mesmo sem passagem prévia pela bancada do JN.
Quando a despedida vier, o destino provável segue o padrão das antecessoras Fátima Bernardes e Patrícia Poeta: migrar para os programas de variedade, em um projeto por temporadas na Globo ou em canais associados, como o GNT ou até mesmo uma produção para o streaming no Globoplay.

