O pajé da etnia Tapajós realizou um ritual de forte significado espiritual ao pintar de vermelho o rosto dos políticos presentes em uma cerimônia. A ação, feita com urucum, carregava um profundo simbolismo ligado à tradição e à força dos povos indígenas, mas nem todos os participantes receberam o gesto com tranquilidade.

Alguns dos presentes demonstraram desconforto diante da intensidade do gesto, enquanto outros se emocionaram com a força simbólica da tradição: Foto/Reprodução
Entre os povos da Amazônia, o vermelho é um tom de energia vital, acolhimento e proteção. Cada traço aplicado sobre a pele expressa pertencimento, sabedoria e uma ligação sagrada com os Encantados. Para o pajé, o ato de pintar é uma forma de compartilhar não apenas cor, mas também o espírito da floresta e a memória viva de seus ancestrais.
O ritual, considerado sagrado, tem caráter coletivo e representa a união entre corpo e natureza. Durante a cerimônia, o clima foi de respeito, mas também de surpresa — alguns dos presentes demonstraram desconforto diante da intensidade do gesto, enquanto outros se emocionaram com a força simbólica da tradição.
A celebração conduzida pelo pajé Tapajós reforçou a ideia de que tradição não é algo preso ao passado, e sim um ensinamento que continua a pulsar no presente. Cada traço vermelho de urucum serviu como um chamado à reflexão e à valorização da herança espiritual e cultural dos povos originários.
