OpenAI lança GPT-5.1 com respostas mais ‘calorosas’ e personalizáveis

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Se você já abriu o aplicativo do ChatGPT nesta quinta-feira (13), deve ter percebido uma mudança. A OpenAI lançou o GPT-5.1, atualização dos modelos – como se fossem cérebros – do chatbot. 

A novidade mantém aquela divisão: Auto (ChatGPT escolhe qual tipo de modelo usar), Instant (“respostas imediatas”) e Thinking (“pensa mais”). Mas promete respostas mais inteligentes, claras e “calorosas”, além de conversas mais naturais. 

A OpenAI diz que ouviu usuários que queriam um assistente mais direto, personalizado e capaz de seguir instruções com mais precisão.

Assim, o GPT-5.1 marca uma mudança no tom do ChatGPT. A OpenAI aposta em controles mais intuitivos para ajustar o estilo das respostas, ampliando as opções de “personalidade” e refinando o comportamento do modelo conforme o contexto. 

A ideia é se distanciar da abordagem “tamanho único” que marcou versões anteriores. Pelo menos, é o que sugere uma postagem da CEO de Aplicações da empresa, Fidji Simo, no Substack.

A atualização chega após críticas ao GPT-5, lançado em agosto e considerado por parte do público incrementado demais e, ao mesmo tempo, “pouco empolgante”.

O novo GPT também chega num momento no qual a empresa enfrenta forte escrutínio regulatório. O 5.1 tenta ocupar esse meio-termo: ser mais útil, mais flexível e, ao mesmo tempo, mais seguro.

O que muda no GPT-5.1

A OpenAI diz que aprimorou a capacidade do ChatGPT de seguir instruções – inclusive pedidos específicos, como restrições de formato. E que o GPT 5.1 continua a usar adaptive reasoning, mecanismo que decide automaticamente quando “pensar por mais tempo” antes de responder perguntas mais difíceis. 

Nos testes internos, isso resultou em melhorias relevantes em benchmarks como AIME 2025 e Codeforces, usados para avaliar desempenho em matemática e programação. 

Captura de tela mostrando seletor de modelos GPT 5.1 no ChatGPT no Mac
Você pode deixar ChatGPT escolher qual modelo usar ou selecionar você mesmo entre o Instant, o Thinking e versões antigas (Imagem: Olhar Digital)

O GPT-5.1 Thinking, voltado para tarefas de raciocínio, foi redesenhado para ser mais claro e menos técnico, com explicações acessíveis mesmo em temas complexos. 

Além disso, o modelo adapta com mais precisão seu tempo de processamento: responde mais rápido em perguntas simples e é mais “persistente” em problemas que exigem etapas de cálculo ou análise. 

Segundo a OpenAI, isso torna o modelo mais eficiente sem sacrificar qualidade — uma resposta mais completa quando necessário, sem fazer o usuário esperar à toa. 

O lançamento será feito em fases: primeiro para usuários pagantes (Plus, Pro, Go, Business), depois para o público geral. 

Os modelos antigos do GPT-5 continuam disponíveis por três meses, para que as pessoas possam comparar as versões antes da transição definitiva. 

A empresa também publicou atualizações na documentação de segurança e reforçou preocupações com uso responsável — tema sensível após debates sobre vínculos emocionais com chatbots e discussões envolvendo saúde mental.

As novas “personalidades” e o debate sobre o tom da IA

Além das melhorias técnicas, o GPT-5.1 traz uma mudança importante na forma como o ChatGPT “soa”. A OpenAI ampliou e refinou as opções de “personalidade”, permitindo que o usuário escolha entre: 

  • Padrão;
  • Profissional;
  • Amigável;
  • Franca;
  • Diferentona;
  • Eficiente;
  • Nerd;
  • Cínica.
Captura de tela mostrando seletor de personalidades do GPT 5.1 no ChatGPT no Mac
Agora dá para calibrar ‘personalidade’ do ChatGPT (Imagem: Olhar Digital)

Cada opção ajusta o tom, o ritmo e o nível de informalidade das respostas, sem alterar a capacidade do modelo em si. A empresa afirma que essa personalização atende a um pedido recorrente: tornar o ChatGPT mais adaptável ao contexto de uso, seja trabalho, estudo ou conversa casual.

Além dos presets, o usuário passa a ter acesso a controles mais granulares. É possível definir quão conciso, “caloroso” ou escaneável o texto deve ser — até o uso de emojis pode ser calibrado. 

O próprio ChatGPT agora sugere ajustes quando percebe padrões no comportamento do usuário, como pedidos repetidos por respostas mais objetivas ou mais formais. 

Diferentemente das versões anteriores, essas configurações passam a valer imediatamente em todas as conversas, inclusive nas já abertas.

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O pano de fundo dessas mudanças é a tentativa da OpenAI de encontrar um equilíbrio delicado. A empresa vinha recebendo críticas por modelos considerados “bajuladores demais” ou “robóticos demais”, ao mesmo tempo em que lida com pressões regulatórias e debates sobre saúde mental. 

As novas opções de tom são, portanto, uma tentativa de calibrar o comportamento da IA para atender diferentes perfis de uso sem reforçar dependências ou criar expectativas artificiais de “humanidade”.

(Essa matéria também usou informações de The Verge e Ars Technica.)