A questão do aquecimento global é uma das pautas da COP30 – a Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas – que acontece em Belém, neste mês de novembro. E a atualização do relatório “Estado do Clima Global”, divulgado pela Organização Meteorológica Mundial da ONU, aponta a necessita de soluções imediatas para esse problema.

Segundo o documento, o ano de 2025 deve ser o segundo ou terceiro ano mais quente desde o início dos registros de temperatura. Os anos no intervalo de 2015 a 2025 foram os mais quentes dos 176 anos de apontamentos. Sendo que os últimos três registraram as maiores altas.
De janeiro a agosto deste ano, a temperatura média global ficou 1,42ºC acima da média pré-industrial. Ligeiramente abaixo do recorde de 2024. As concentrações dos três principais gases de efeito estufa – dióxido de carbono, metano e óxido nitroso – e o calor dos oceanos, que atingiu níveis recordes em 2024, continuaram a subir.
O gelo marítimo do Ártico atingiu a menor extensão já vista: 13,8 milhões de km² em março, a menor extensão máxima já registrada, e caiu para 4,6 milhões de km² em setembro.
Já o gelo da Antártida permaneceu abaixo da média durante todo o ano. A taxa de elevação do nível do mar aumentou desde o início dos registros por satélite. Quase duplicando de 2,1 milímetros, por ano, entre 1993 e 2002; para 4,1, entre 2016 e 2025.
O relatório atualizado sobre o Estado do Clima Global 2025 da Organização Meteorológica Mundial para a COP 30 serve como referência científica para fundamentar as negociações desta edição da Conferência, que segue até o dia 21 de novembro em Belém do Pará.
