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Mulher acusada de expulsar idosa em Rio Branco nega versão e diz ter sido agredida por familiares

Após a grande repercussão do caso envolvendo a idosa Maria Guiomar do Nascimento Santos, de 65 anos, retirada de casa por decisão judicial em Rio Branco, Eliane de Souza Paiva resolveu se pronunciar e apresentar sua versão dos fatos. Em entrevista exclusiva ao ContilNet, ela afirmou que não expulsou a idosa do imóvel e que, na verdade, sofreu agressões e ameaças durante um desentendimento familiar.

Maria Guiomar do Nascimento Santos/ Foto: Reprodução

“Eu estava voltando do trabalho, cheguei cansada e só queria tomar um banho e dormir. O Fernando, meu enteado, pediu pra eu sair da casa, mas eu disse que não ia sair, porque também era a casa do meu esposo, e eu tenho direito de morar lá”, relatou Eliane. Segundo ela, a discussão começou nesse momento e acabou se transformando em uma confusão generalizada.

“Quando eu puxei o braço dele, a minha sogra saiu do quarto, veio por trás e puxou meu cabelo, me chamando de vagabunda. A neta dela veio e disse que ia me matar. Foi o Fernando quem me empurrou para porta, senão elas tinham me agredido mais ainda”, contou. Eliane afirma que, após o episódio, chamou a polícia e registrou um boletim de ocorrência, além de pedir medidas protetivas contra os familiares.

A mulher relatou ainda que, ao retornar para casa no dia seguinte, encontrou o portão trancado com cadeado e arame, sem poder entrar nem para pegar roupas. “A viatura foi lá, mas os policiais disseram que não podiam abrir o portão sem mandado. Eu fiquei na rua, só não dormi lá porque as pessoas onde eu trabalho me acolheram”, lembrou.

Eliane contou que desde então está hospedada em casa de conhecidos, enquanto o caso segue sendo analisado pela Justiça. Ela também negou que tenha se apropriado do imóvel da sogra, afirmando que apenas morava na residência com o marido falecido, Jucimar do Nascimento Santos, e cuidava da sogra durante o tratamento de câncer.

“Eu levava ela para o médico, acompanhava no hospital. Quem ficava com ela era eu. Estive com meu esposo até o último dia de vida dele e fiquei sozinha no velório, cuidando de tudo”, contou emocionada. O marido de Eliane morreu há cerca de três meses, vítima de cirrose hepática.

A mulher disse ainda que desde a morte do companheiro, os conflitos com a família dele se intensificaram. “Eles sempre implicavam comigo, diziam que eu não contribuía com nada e que devia sair de casa. Só que eu morei lá com o meu esposo, tenho direito. Nunca quis confusão, só quero ficar em paz”, afirmou.

Eliane também demonstrou medo após ser exposta nas redes sociais. “As pessoas estão me ameaçando sem saber da minha história. Tenho medo até de sair de casa pra trabalhar. Só quero que a verdade apareça”, finalizou.

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