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Motorista de app é sequestrado por facção e tem carro usado em ataque a residência de casal rival no Acre

Um motorista de aplicativo viveu momentos de terror na noite desta terça-feira (4) ao ser sequestrado por criminosos que usaram seu carro para realizar um ataque a tiros contra uma residência rival, na Rua 12 de Junho, no bairro Santa Inês, região do Segundo Distrito de Rio Branco.

A vítima contou que recebeu uma chamada de corrida pelo aplicativo com ponto de partida no bairro Canaã. Assim que chegou ao endereço indicado, foi surpreendida por dois homens armados que o renderam e o levaram para uma casa abandonada nas proximidades. O carro, um Polo branco, foi tomado pelos bandidos, e o motorista mantido em cativeiro por algumas horas.

Equipes da PM foram até o endereço da ocorrência, prestaram apoio à família e realizaram o isolamento da área: Foto/Reprodução

Enquanto a vítima era mantida sob vigilância, quatro criminosos armados com pistolas e revólveres deixaram o local com o veículo. O primeiro destino do grupo foi o bairro Recanto dos Buritis, onde pretendiam atacar rivais, mas, sem encontrar o alvo, seguiram para o bairro Santa Inês. Lá, na Rua 12 de Junho, abriram fogo contra o portão e as paredes de uma residência.

Durante o atentado, os moradores dormiam e não chegaram a ver os autores do crime. Após os disparos, o carro, o portão e parte da casa ficaram marcados por dezenas de tiros. A perícia encontrou cápsulas de pistola, projéteis de fuzil e marcas compatíveis com armas calibre .38.

Depois da ação, os atiradores voltaram ao cativeiro, devolveram o carro ao motorista e ordenaram que ele fosse embora imediatamente. Em pânico, o profissional procurou ajuda no 2º Batalhão da Polícia Militar, próximo à Arena da Floresta, e relatou que o veículo havia sido usado por uma facção criminosa em um ataque armado.

Equipes da PM foram até o endereço da ocorrência, prestaram apoio à família e realizaram o isolamento da área para o trabalho da perícia técnica. Segundo as informações levantadas, apenas uma pessoa da residência tem passagem pela polícia, mas nega qualquer envolvimento com grupos criminosos.

O automóvel passou por análise pericial no 2º Batalhão para tentar identificar vestígios que levem aos autores do ataque. O caso foi registrado na Delegacia de Flagrantes (Defla) e será investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

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