Um morador do bairro Baixa compareceu à delegacia na manhã deste sábado para registrar um boletim de ocorrência após, segundo relatou, ter acionado a Polícia Militar três vezes em menos de oito dias devido à perturbação do sossego. Ele afirma que os episódios de barulho têm origem na casa de um policial militar, onde ocorrem constantes tumultos tanto à noite quanto durante o dia.

O morador afirma que havia música em volume excessivo, canções com conteúdo inadequado e conversas extremamente altas/Imagem ilustrativa
Conforme descreveu, a situação começou no sábado, dia 18, quando a movimentação barulhenta teria iniciado por volta das 22h e se estendido até as 6h da manhã seguinte. Naquele dia, ele optou por não chamar a polícia. Porém, na segunda-feira seguinte, o incômodo voltou a ocorrer, levando-o a pedir a presença de uma viatura para tentar garantir tranquilidade à vizinhança.
O morador afirma que havia música em volume excessivo, canções com conteúdo inadequado e conversas extremamente altas, o que motivou o registro da ocorrência. Ele ressalta que a região abriga vários idosos, entre eles uma mulher com transtornos mentais que vive ao lado da residência denunciada, o que torna os episódios ainda mais preocupantes. Para o denunciante, o barulho constante e o uso de músicas impróprias demonstram falta de respeito com a comunidade.
De acordo com o relato, sempre que a viatura chegava, o volume era reduzido, mas voltava a aumentar assim que os policiais deixavam o local. O caso mais recente, segundo ele, ocorreu no sábado, dia 25, quando novamente acionou a PM após o mesmo comportamento se repetir.
Seguindo orientação da guarnição, ele formalizou a queixa na delegacia de Cruzeiro do Sul. O morador afirma que chegou a buscar uma solução amigável antes de registrar a ocorrência, mas não obteve retorno.
“Meu sossego é inegociável. Passo o dia trabalhando e, quando chego em casa para descansar, não tenho sossego. Moro há quase 30 anos no bairro e nunca tive problemas com ninguém”, afirmou. Ele também criticou o comportamento do vizinho: “Não é porque ele é policial que vai achar que está no direito de fazer baderna quase todos os dias. A lei do sossego vale para todos — e ele conhece as leis mais do que eu.”
O denunciante disse ainda que pretende juntar imagens de câmeras de segurança e vídeos para ingressar com uma ação judicial, caso a situação persista.
Até agora, o policial mencionado não se manifestou. A Polícia Civil deverá analisar as ocorrências registradas e determinar as medidas cabíveis.
