O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou, nesta segunda-feira, que a escala 6×1 é perversa, especialmente para as mulheres, e questionou a necessidade de alguns setores de funcioneram 24h por dia, como supermercados. Ele destacou o apoio do governo a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais — sendo 8 horas por dia, de segunda a sexta-feira. Em audiência no Congresso, Marinho citou a concorrência desleal do mercado que submete os trabalhadores a uma escala exaustiva.
A proposta apresentada em fevereiro pela deputada Erika Hilton, do PSol, prevê jornada ainda menor do que defende o governo — de 36 horas semanais, com 4 dias de trabalho e 3 de folga. O relator, o deputado Luiz Gastão, do PSD, disse que pretende apresentar o parecer até sexta-feira na subcomissão criada na Câmara para debater o tema. Duante a audiência, Marinho também fez críticas ao STF no debate sobre a pejotização. O ministro disse que o Supremo “está derrapando” sobre o tema e que vê com preocupação o andamento do processo que discute a contratação de trabalhador autônomo para atuar como PJ.
Marinho ainda defendeu o poder dos sindicatos de negociar a contribuição sindical e considerou que essa limitação é um “preconceito contra o sindicato dos trabalhadores” que, na opinião dele, está ficando fragilizado.
