A médica Cláudia Soares Alves, que ficou conhecida por sequestrar um recém-nascido em um hospital de Uberlândia (MG) em 2024, foi presa novamente nesta quarta-feira (5/11), desta vez suspeita de envolvimento em um homicídio ocorrido em 2020, segundo a Polícia Civil de Goiás (PCGO).
De acordo com o delegado Eduardo Leal, Cláudia e dois homens foram detidos no município de Itumbiara (GO), acusados de participarem da morte de uma farmacêutica, assassinada quando chegava ao trabalho, por volta das 7h da manhã.
Reprodução
Crime teria relação com disputa familiar
As investigações apontam que Cláudia mantinha um relacionamento com o ex-marido da vítima, com quem a farmacêutica tinha uma filha. A médica, segundo a polícia, tentava tirar o poder familiar da mulher para assumir a maternidade da criança.
“Cláudia entendeu que, ceifando a vida da vítima, seria mais fácil conseguir assumir o poder familiar”, explicou o delegado.
Ainda conforme a PCGO, a vítima havia proibido o ex-marido de levar a filha quando estivesse acompanhado de Cláudia, o que teria motivado a separação e, possivelmente, o crime. Para executá-lo, a médica teria contado com o apoio de um vizinho e do próprio filho.
Foram cumpridos três mandados de prisão temporária, que podem ser prorrogados por mais 30 dias e convertidos em prisão preventiva.
Relembre o sequestro do bebê
Em julho de 2024, Cláudia ganhou notoriedade nacional ao sequestrar um recém-nascido dentro do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU). Disfarçada de pediatra, ela convenceu os pais da criança de que precisava levá-la para alimentação e deixou o local em um carro vermelho, fugindo em direção a Goiás.
A bebê foi encontrada horas depois em uma clínica de Itumbiara, após a criminosa abandonar a criança e tentar escapar. No carro da médica, a polícia encontrou fraldas, banheira e piscina infantil, indícios de que ela pretendia manter o bebê sob seus cuidados.
Na época, Cláudia alegou fazer uso de medicação controlada e foi autuada em flagrante por sequestro qualificado.
Fonte: Polícia Civil de Goiás (PCGO) / Delegado Eduardo Leal / Metrópoles
✍️ Redigido por ContilNet
