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Isabel Pons, pioneira da gravura no Brasil, ganha 1ª mostra em 30 anos

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Isabel Pons, pioneira da gravura no Brasil, ganha 1ª mostra em 30 anos

A trajetória de Isabel Pons se confunde com a história da gravura brasileira. Mais de três décadas após sua última exposição individual, a artista ganha uma mostra na Galeria Décimo, na Câmara dos Deputados. Isabel Pons – Percurso de Uma Exímia Gravadora fica aberta ao público até 27 de novembro e reúne obras produzidas entre 1959 e 1980.

A exposição é resultado de mais de dez anos de pesquisa do curador Oto Reifschneider, que coleciona e estuda o trabalho da artista desde 2012.

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Isabel Pons – Gafanhoto (1964)

Divulgação

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Isabel Pons – Caminho das estrelas Blow Up

Divulgação

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Isabel Pons – Amazônia (1960)

Divulgação

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Isabel Pons – Caminho das estrelas Blow Up

Divulgação

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Isabel Pons – Dead Landscape (1959)

Divulgação

Nascida na Espanha em 1912, Pons iniciou a carreira como retratista ainda em Barcelona. A conexão com o Brasil surgiu durante uma passagem pelo país a caminho de Buenos Aires. No Rio de Janeiro, se encantou pela cidade, fixou residência e se naturalizou brasileira em 1958. Sua arte se transformou ao conhecer a técnica da gravura no primeiro atelier do Museu de Arte Moderna.

A partir daí, a artista dedicou-se a registrar o mundo e os sentimentos por meio de gravuras em metal, desenhos, colagens e pinturas. A produção pioneira ganhou reconhecimento e foi exibida em Madrid e Barcelona. Em 1960, recebeu a medalha de ouro na II Bienal do México. Ao longo da carreira, participou de mais de 300 exposições e teve obras incorporadas ao acervo de mais de 40 museus ao redor do mundo.

Isabel Pons e seu filho Antonio Martinez Pons

“Isabel chegou no Brasil viúva, imigrante, e ao longo dos anos – na gravura e na pintura – explorou temas que passavam pela liberdade, pelo amor, pela conquista, pela memória – questões atualíssimas. Para comentar esses temas, ela usava alegorias, como seus pássaros e portões, além de entremear nas imagens sugestões de outras imagens e temas”, explica Oto Reifschneider.

Artista e professora, Isabel morreu em 2002 e se consagrou ao retratar a realidade de sua época misturada à própria intimidade. Ainda que tenha enfrentado resistência no meio artístico brasileiro, foi amplamente valorizada por especialistas estrangeiros.

Responsável pelo acervo de cerca de 400 obras, Reifschneider vê a mostra como “o início da redescoberta da artista”. Ele completa: “Que esta exposição seja um sopro para que sua história alce voo mais uma vez”.

Isabel Pons – Percurso de Uma Exímia Gravadora

Serviço

Isabel Pons – Percurso de uma exímia gravadora
De 23 de outubro a 27 de novembro de 2025
De segunda a sexta-feira, das 9h às 17h
Galeria Décimo – Anexo IV, 10º andar, Câmara dos Deputados, Brasília (DF)
Classificação indicativa livre
Entrada gratuita

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