Tudo sobre ChatGPT
Tudo sobre OpenAI
A humanidade ainda está nos “estágios iniciais” da revolução provocada pela inteligência artificial (IA). Mas humanos continuarão essenciais. É o que disse o CEO da OpenAI, Sam Altman, em entrevista à revista Veja publicada nesta sexta-feira (07).
Altman também disse que “ficaria feliz” em ser substituído por uma IA mais capaz, defendeu o uso da tecnologia como apoio médico em regiões com poucos recursos e anunciou a abertura de um escritório da OpenAI em São Paulo (SP).
No geral, o executivo falou sobre o futuro da tecnologia, o papel do Brasil na estratégia da empresa e o impacto da IA em áreas como saúde e jornalismo.
Estamos só no começo da revolução da IA, diz Sam Altman
Para Altman, a era da IA ainda dá seus primeiros passos. O CEO da OpenAI disse à Veja que há uma “estrada imensa de crescimento” pela frente e que o potencial da tecnologia ainda está longe de ser totalmente explorado.
O CEO da OpenAI disse que a IA deve liberar as pessoas para atividades criativas e momentos de “ócio produtivo”. Para ele, essa é uma parte essencial de uma nova era tecnológica que “ainda está nos estágios iniciais da revolução”.

Segundo ele, a principal barreira para o avanço imediato está na infraestrutura necessária para sustentar sistemas como o ChatGPT – incluindo o alto custo e a limitação dos data centers.
Altman afirmou que a empresa busca parcerias estratégicas, como a recente colaboração com a Amazon, para ampliar a capacidade de processamento e atender a uma demanda que ele descreve como “astronomicamente grande”.
Apesar dos desafios, o executivo se mostrou otimista quanto ao impacto transformador da IA no trabalho e na vida cotidiana. Em tom provocador, disse que “ficaria feliz” em ver uma máquina projetar um CEO melhor do que ele. “Em breve, é o que acontecerá, não há dúvida.”
Brasil é prioridade e vai ganhar escritório da OpenAI, segundo CEO
Altman destacou o Brasil como “um mercado extremamente relevante” para a OpenAI. Segundo ele, o país já soma mais de 50 milhões de usuários do ChatGPT, número que “não para de crescer”.
“É um dos mercados ao redor do mundo onde as pessoas realmente se inclinaram para a IA, tornando-a parte de sua vida diária, seus negócios e tudo mais”, disse.

Por isso, Altman anunciou a abertura de um escritório da empresa em São Paulo, que deve fortalecer a presença local e aproximar a companhia de desenvolvedores e empresas brasileiras.
Questionado sobre os planos de infraestrutura, Altman explicou que os data centers serão construídos primeiro na Argentina, mas deixou claro que o Brasil continua no radar de investimentos futuros.
O CEO também ressaltou que o país reúne o ingrediente mais importante para se tornar uma potência de IA: uma base massiva de pessoas dispostas a criar e experimentar com a tecnologia.
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IA vai transformar a saúde e o jornalismo, mas humanos continuam essenciais
Ao comentar o impacto da IA sobre diferentes profissões, Altman afirmou que a tecnologia não vai “acabar com a internet” nem substituir os jornalistas, por exemplo.
Para ele, a IA deve transformar profundamente o modo como as pessoas produzem e consomem informação, mas o valor do trabalho humano tende a crescer.
Em relação ao jornalismo, Altman disse que “as pessoas realmente querem uma conexão com quem está escrevendo a história”. “Elas querem saber se há um ser humano com julgamento humano, talvez alguém em cujo julgamento eles decidiram confiar”, acrescentou.

Na área da saúde, Altman comparou o ChatGPT a uma ferramenta complementar, que pode ser “muito melhor do que nada” em locais com pouca oferta de médicos ou terapeutas.
Ele contou que já usou o chatbot num problema de saúde pessoal e revelou que a OpenAI trabalha com centenas de médicos para desenvolver recursos clínicos no sistema.
Segundo o jornal Globo, a empresa também monitora casos de uso do ChatGPT em contextos de emergência mental, reforçando que o chatbot deve servir como apoio, não substituto, de profissionais humanos.
O CEO também defendeu que a concorrência entre empresas de IA é saudável e que a regulação do setor precisa ser “equilibrada”, com proteções para consumidores e empresas.
