Algumas pessoas transformam a defesa da natureza em missão de vida. É sobre elas que o documentário Maré Viva, Maré Morta, dirigido pela brasiliense Claudia Daibert, se volta. O longa será exibido na próxima quarta-feira (19/11), em Belém (PA), como parte da programação paralela à COP30, no espaço Casa Vozes do Oceano.
A produção acompanha o trabalho de Berna Barbosa, que atua no Parque Nacional Marinho dos Abrolhos (BA), e Zélia Brito, chefe da Reserva Biológica do Atol das Rocas (RN). O filme destaca não apenas a dedicação das profissionais à preservação da biodiversidade marinha, mas também a força feminina na luta pela sustentabilidade.
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Maré Viva, Maré Morta, dirigido por Claudia Daibert
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“Eu sinto que o filme vai além da questão ambiental, porque ele também traz esse perfil do gênero. São duas mulheres em funções que que naturalmente a sociedade e o patriarcado pensariam como atividades masculinas”, reflete Daibert. “Uma mulher toma conta sozinha de uma ilha, no caso da Zélia, que é a chefe dessa reserva. E no caso da Berna, ser uma mulher que pilota um bote, que sobe num barco, desce, cuida, faz monitoramento de animais e tudo.”
Após a exibição, o público poderá participar de uma roda de conversa com as protagonistas e a diretora, abordando os bastidores e reflexões do filme.
O espaço cultural conta ainda com a Exposição Vozes dos Oceanos, liderada pela família Schurmann em parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA). A mostra, aberta ao público até 22 de novembro, reúne outras obras audiovisuais, esculturas e fotografias sobre os oceanos e rios da Amazônia.
Prêmios
Antes de chegar a Belém, Maré Viva, Maré Morta foi premiado no 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, levando os troféus de Melhor Longa-Metragem da Mostra Brasília pelo júri técnico e popular. A produção conquistou ainda a categoria de Melhor Edição de Som e o Prêmio SESC-DF.
“Estar com o filme na COP30 é muito simbólico para nós”, reflete a diretora. “Trazer essa história para Belém, neste momento histórico de debates globais sobre o clima e o meio ambiente é uma forma de reconectar o filme às marés que o inspiraram.”
Para Berna, o documentário é um convite à reconexão entre o ser humano e a natureza, como entes dependentes. “Que a nossa história seja um incentivo para muitas pessoas que ainda não se sentem parte da natureza, ou para aquelas que já fazem parte, mas precisam de mais amor para continuar”, afirma.
