O ex-deputado estadual e fundador do Partido dos Trabalhadores (PT), Paulo Frateschi, de 75 anos, foi morto a facadas pelo próprio filho, Francisco Frateschi, de 34 anos, na manhã desta quinta-feira (6/11), em uma casa na zona oeste de São Paulo. O crime aconteceu por volta das 8h30, durante um episódio de surto.
Segundo o boletim de ocorrência, Francisco também agrediu a mãe, Yolanda Maux Vianna, e a irmã, Luisa Maux, que tentaram intervir. Yolanda teve um braço quebrado, enquanto Luisa sofreu uma fratura no dedo e foi mordida pelo agressor.

Arte Alfredo Henrique/Metrópoles
A família, que mora em Paraty (RJ), estava em São Paulo para que Francisco iniciasse tratamento psiquiátrico na capital. Conforme relato das vítimas, o ataque ocorreu na cozinha da residência, onde o ex-deputado foi esfaqueado na região do abdômen.
Socorro e prisão
Paulo Frateschi chegou a ser socorrido e levado ao Hospital das Clínicas, mas não resistiu aos ferimentos. Policiais militares que atenderam à ocorrência encontraram grande quantidade de sangue no chão e apreenderam a faca usada no crime, localizada sobre a pia.
Francisco foi preso em flagrante e encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento da Lapa para avaliação médica antes de ser apresentado à Polícia Civil. A casa foi isolada para perícia. Segundo a PM, o agressor estava sob efeito de medicamentos desde a sexta-feira (31/10).
Quem foi Paulo Frateschi
Militante histórico do PT, Paulo Frateschi teve papel importante na fundação do partido e foi deputado estadual entre 1983 e 1987. Também atuou como secretário de Relações Governamentais nas gestões de Marta Suplicy (2001–2005) e Fernando Haddad (2014), em São Paulo.
Durante a ditadura militar, foi preso e torturado em 1969, aos 19 anos, por integrar a Ação Libertadora Nacional (ALN). Em entrevista à Agência Pública, relatou as agressões sofridas pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury, símbolo da repressão no período.
O filho agressor
Nas redes sociais, Francisco se apresentava como oceanógrafo e marinheiro, vivendo em Paraty (RJ), onde a família mantém um barco. Em 2022, ele comemorou a conclusão de um curso da Marinha do Brasil, destacando sua ligação com o mar e a vida no litoral.
A Polícia Civil investiga o caso como homicídio qualificado e lesão corporal.
Fonte: Polícia Militar / SSP-SP / Agência Pública / G1
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