Durante a audiência pública realizada nesta segunda-feira (10), na Câmara Municipal de Rio Branco, a defensora pública Alexa Pinheiro cobrou mais transparência da prefeitura e criticou a falta de acesso ao relatório da Defesa Civil que classifica a área do Papoco como condenada.

Defensora falou em sessão na Câmara de Rio Branco/Foto: ContilNet
A representante da Defensoria questionou o secretário de Assistência Social e Direitos Humanos, João Marcos Luz, sobre a forma como a consulta às famílias foi conduzida e se os moradores foram devidamente informados sobre os motivos da possível remoção.
“Eu trabalho na Defensoria Pública e não tive conhecimento desse relatório. Então, pergunto: quando a secretaria foi até os moradores para fazer o levantamento socioeconômico, foi explicado o real motivo da pergunta sobre quem queria sair do local? Porque, se a pessoa não sabe por que está sendo questionada, a resposta perde sentido”, afirmou a defensora.
Alexa destacou que a ausência de informação clara pode ter gerado desconfiança e resistência entre os moradores. “Não faz sentido perguntar se alguém quer sair de casa sem apresentar uma justificativa concreta, sem dizer que existe um laudo da Defesa Civil apontando risco. A população precisa ser tratada com transparência e respeito”, disse.
A defensora também reforçou o compromisso da instituição em acompanhar o caso e garantir que os direitos das famílias sejam preservados. “A Defensoria está de portas abertas e ao lado da comunidade. Mas é preciso que o diálogo seja verdadeiro, sem disfarces ou simulações. Essa situação ganhou a dimensão que ganhou justamente porque não foram tomadas as devidas precauções”, concluiu.