A Sessão de Alto Nível Ministerial da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) começou no fim da manhã desta segunda-feira, reunindo cerca de 160 ministros – a maioria deles ligados à pasta do meio ambiente de seus países, além de representantes de alto escalão. O encontro, no Plenário Amazonas, na Zona Azul, busca avançar em mecanismos que acelerem as negociações climáticas.

Um dos desafios da Sessão de Alto Nível Ministerial é avançar nos temas que não alcançaram consenso na fase técnica realizada na primeira semana de COP30. São quatro pontos centrais que estiveram fora da agenda da primeira semana e que agora devem dominar as negociações dos próximos dias: financiamento climático, principalmente dos países ricos aos países mais pobres; metas; medidas unilaterais de comércio; e prestação de contas.
O evento também retoma o debate sobre o “Fundo Florestas Tropicais para Sempre” lançado durante a Cúpula de Líderes, no início de novembro, em Belém. Esta semana o foco é intensificar uma a mobilização financeira na busca por valores que sustentem não só o fundo, mas as demais Metas Florestais Globais associadas, até 2030. Só os países com florestas tropicais precisam de, pelo menos, US$67 bilhões por ano em investimentos florestais até 2030 para garantir a proteção do bioma, segundo a organização da COP30.
Na abertura da Sessão, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin ,destacou em sua fala a importância de ver a Amazônia e outras florestas tropicais como peças vitais para o equilíbrio climático global.
Alckmin também destacou que o país vem fazendo o dever de casa e citou como exemplo que o Brasil tem explorado sua condição enquanto matriz energética mais renovável entre as grandes economias e como pioneiro em bioenergia e biocombustíveis; e que essa transição energética deve ser justa e gerar emprego, renda e desenvolvimento para todas as regiões e sirva de modelo de cooperação para outras nações. Ele reafirmou o compromisso brasileiro de triplicar a energia renovável e alcançar o desmatamento zero até 2030.
Ainda sobre a descarbonização da economia, o vice-presidente reforçou que ela precisa ser feita por meio de mercados regulados de carbono e que é preciso adesão dos países.
E encerrou defendendo a importância da valorização do conhecimento das milhões de pessoas que vivem nas florestas, e que é preciso entender que a proteção das florestas depende sobretudo de quem vive nelas.
