Um diferencial que o Brasil planejou para essa COP é o diálogo com a sociedade civil. Na estrutura paralela da Conferência do Clima, aqui em Belém, funciona a GreenZone, a Zona Verde, com centenas de atividades para diálogo entre representantes da sociedade e atores governamentais.

E uma dessas atividades, que ocorreu no Círculo dos Povos, nesta segunda-feira, foi para ouvir como a população marginalizada da periferia defende uma transição climática justa.
A articulação “Perifa Conection”, presente nas regiões do país, trouxe para COP grupos de jovens para falar sobre quem mais sofre com as mudanças climáticas: a população pobre mais marginalizada.
Ju Do Coroadinho, do Coletivo Mulheres da Periferia, destaca que essa população tem que ser ouvida para a busca de soluções reais.
Zuri Moura, do Fórum Nacional de Transexuais e Travestis, lembra que é a população marginalizada que mais sofre com as mudanças climáticas. Ela também aponta que na sociedade brasileira a questão racial é fundamental para entender quem mais sofre com a crise climática.
Ju Do Coradinho reforça que a COP tem que ser plural para que as tomadas de decisões ocorram ouvindo as comunidades.
A Zona Verde nas Conferências da ONU sobre o clima foi criada para aproximar a agenda climática da vida das pessoas e propiciar um debate acessível e inclusivo.
A expectativa dos organizadores da Conferência no Brasil é de que a participação social seja uma das maiores da história das Cops.
