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Como saber quando um sintoma é grave – e por que a IA ainda erra nesses casos?

Como saber quando um sintoma é grave – e por que a IA ainda erra nesses casos?

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Saber quando um sintoma é grave é uma das maiores dúvidas de quem busca atendimento médico. Muitas vezes, as pessoas recorrem a ferramentas digitais ou até mesmo a chatbots de inteligência artificial para tentar entender o que estão sentindo.

No entanto, por que a IA erra nesses casos? É justamente nesse ponto que surge a importância de compreender quais sinais realmente exigem atenção imediata.

Afinal, a tecnologia pode até ajudar em alguns aspectos, mas não substitui a avaliação médica. Ao longo deste artigo, você vai entender quais sintomas indicam risco grave, em que situações é necessário acionar uma ambulância e por que a inteligência artificial ainda falha ao tentar identificar esses casos.

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Quando um sintoma de saúde é grave?

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Apesar dos avanços da inteligência artificial na área da saúde, ela não é capaz de realizar exame físico. Imagem: Olga Shefer / iStock

Muito além das suposições de um chatbot, apenas médicos ou profissionais de saúde podem diagnosticar e decidir sobre tratamentos ou emergências. No entanto, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre quando ir ao médico. Afinal de contas, quando um sintoma é realmente grave? Por que a IA erra, nesses casos?

Para entender, é preciso identificar o que é considerado grave sob o ponto de vista médico. Segundo o Dr. Paulo Schmitz, chefe do Serviço de Emergência do Hospital Moinhos de Vento, em artigo publicado pela instituição, procurar o pronto-socorro sem demora é essencial quando surgem sinais que podem indicar risco grave à saúde, como:

Em que casos, deve-se chamar uma ambulância?

Acidentes graves exigem resposta rápida. Reconhecer os sinais e chamar uma ambulância pode ser decisivo para salvar vidas/(Imagem: RomarioIen / Shutterstock)

Situações que exigem acionar uma ambulância De acordo com orientações do Ministério da Saúde, o atendimento móvel deve ser solicitado imediatamente em casos que representem risco iminente à vida ou à integridade física. Entre os principais exemplos estão:

Por que a IA erra em identificar sintomas graves?

A tecnologia vem revolucionando o diagnóstico de doenças, tornando mais rápido e preciso o acompanhamento médico/Shutterstock_S. Singha

Embora os sistemas de inteligência artificial tenham avançado em áreas como radiologia e cardiologia, eles ainda apresentam limitações importantes. Por isso, o diagnóstico médico é o mais indicado.  

Afinal, ele não depende apenas de dados objetivos, mas também da integração de fatores como histórico clínico, exame físico, contexto social e cultural do paciente. Sem essa visão global, a IA pode gerar respostas incompletas ou equivocadas.

Segundo o médico emergencista Yuri Castro, da Santa Casa de São Joaquim da Barra (SP) ao Metrópoles, a falta de clareza sobre as fontes utilizadas pela IA torna o uso de chatbots ainda mais arriscado quando o assunto é tentar descobrir se o sintoma é grave.

Além disso, a especialista em inteligência artificial Victoria Luz ao Metrópoles, também destaca que, apesar dos avanços, os algoritmos ainda falham em perguntas abertas, casos raros ou situações complexas, onde menos da metade das respostas geradas são realmente corretas.

Por isso, há grande chance de a inteligência artificial não reconhecer corretamente situações graves. Diferente dos médicos, os chatbots não realizam exame físico e se baseiam apenas nas informações relatadas pelo paciente. Quando esses dados são insuficientes ou confusos, a avaliação pode ser equivocada e subestimar a gravidade do quadro.

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