O mês de outubro de 2025 foi marcado por chuvas acima da média histórica em Rio Branco, segundo dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e da Defesa Civil Municipal. A média esperada para o período é de 150 milímetros, mas o volume observado chegou a 204,6 mm, representando um aumento de 36,5%.
Esse foi o outubro mais chuvoso dos últimos cinco anos, com exceção de 2022. O aumento da pluviosidade impactou diretamente o nível do Rio Acre, que alcançou 2,77 metros no dia 31 de outubro — o quinto maior índice registrado nos últimos onze anos. Apenas 2017, 2018, 2019 e 2024 apresentaram níveis superiores.

Chuvas acima da média em outubro elevam Rio Acre e acendem alerta para cheias no início de 2026/Foto: ContilNet
De acordo com os técnicos, desde a segunda quinzena de outubro, a região está sob influência do fenômeno La Niña, caracterizado pelo resfriamento das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial. O fenômeno tende a provocar aumento das chuvas em várias regiões, inclusive no Acre.
Gráfico mostra variação do nível do Rio Acre em 31 de outubro de cada ano, entre 2015 e 2025/Foto: Reprodução
A previsão é de que o La Niña se intensifique ao longo de novembro, elevando a probabilidade de precipitações acima da média histórica, que é de 206,1 mm para o mês. Com isso, a tendência é que o nível da bacia do Rio Acre comece a subir no final de novembro, podendo atingir a cota de transbordamento nos primeiros meses de 2026.
Ainda em novembro, os órgãos de monitoramento e defesa civil devem realizar a reunião “pré-cheia”, em que será apresentado um prognóstico detalhado sobre o comportamento hidrológico na transição entre 2025 e 2026, com foco especial no primeiro trimestre do próximo ano.
Nota completa da Defesa Civil:
O mês de outubro foi o primeiro deste ano, após abril, a registrar chuvas acima da média. A média histórica é de 150 mm, e o volume observado foi de 204,6 mm, representando um acréscimo de 36,5% em relação ao esperado.
Assim, se apresentou o outubro mais chuvoso dos últimos cinco anos, com exceção de 2022 (segue o gráfico).
Quanto ao nível do rio, 2025 apresenta o quinto melhor índice dos últimos onze anos. Apenas os anos de 2017, 2018, 2019 e 2024 registraram níveis superiores, enquanto 2015, 2016, 2020, 2021, 2022 e 2023 apresentaram níveis inferiores (segue o gráfico).
Desde a segunda quinzena de outubro, estamos sob influência do fenômeno La Niña — caracterizado pelo resfriamento das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial, o que impacta o regime de chuvas em diversas regiões do planeta. A expectativa é de que o fenômeno se intensifique ao longo de novembro, aumentando a probabilidade de precipitações acima da média histórica para o período (novembro), que é de 206,1 mm.
Dessa forma, o nível da bacia do Rio Acre deve começar a se elevar no final de novembro, com tendência de aumento nos meses seguintes. Caso o cenário se confirme, há possibilidade de que a cota de transbordamento seja alcançada nos primeiros meses de 2026.
Durante este mês, os órgãos de socorro e resposta, juntamente com os órgãos de monitoramento e previsão climática, deverão realizar a reunião “pré-cheia”, momento em que será elaborado um prognóstico mais detalhado sobre o comportamento hidrológico na transição de 2025 para 2026, especialmente com foco no primeiro trimestre de 2026.