Chinesa Jetour estreia no Brasil em 2026 com três SUVs híbridos

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A chinesa Jetour, marca do grupo Chery, anunciou sua chegada ao Brasil com uma ofensiva no segmento de SUVs híbridos. A estreia está marcada para o primeiro trimestre de 2026, com o lançamento simultâneo de três modelos: T2, T1 e S06 – todos com motorização híbrida plug-in e foco em tecnologia.

A operação brasileira será independente da Caoa Chery e da Omoda & Jaecoo, outras divisões do grupo. E começa com 40 concessionárias espalhadas pelo país. 

A marca pretende importar as primeiras 1,5 mil unidades ainda em dezembro de 2025. Além disso, estuda produzir no Brasil em médio prazo, com o Polo Automotivo do Ceará, antiga fábrica da Troller, entre as possibilidades avaliadas.

Três SUVs híbridos – um para cada tipo de público

A estreia da Jetour no Brasil será marcada por uma linha inicial de três SUVs híbridos plug-in, todos voltados a públicos distintos – do urbano ao off-road. 

SUV S06, da Jetour
O Jetour S06 tem mais cara de SUV urbano (Imagem: Divulgação/Chery)

O modelo de entrada será o Jetour S06, com proposta mais voltada para cidades. Ele combina um motor 1.5 turbo a gasolina de 128 cavalos (cv) com um motor elétrico de 203 cv, o que totaliza 331 cv

A bateria de 19,4 kWh pode ser carregada tanto em corrente alternada (AC) quanto contínua (DC). No interior, o SUV traz bancos ventilados, ar-condicionado de duas zonas e central multimídia de 15,6 polegadas.

SUV T1, da Jetour
O Jetour T1 aposta num design mais aventureiro (Imagem: Divulgação/Chery)

Logo acima está o Jetour T1, que aposta num visual mais robusto, inspirado em SUVs de aventura. Com 4,7 metros de comprimento e 2,8 metros de entre-eixos, o modelo utiliza o mesmo conjunto híbrido do S06, mas com bateria maior (de 26,7 kWh) e promessa de autonomia ampliada. 

Apesar do estilo aventureiro, o T1 será vendido apenas com tração dianteira no Brasil. É uma decisão voltada à eficiência e ao custo, já que a versão 4×4 de 568 cv disponível na China não está prevista para chegar por aqui.

SUV T2, da Jetour
O Jetour T2 é o destaque do trio de SUVs que vão chegar ao Brasil em 2026 (Imagem: Divulgação/Chery)

O destaque do trio é o Jetour T2, apelidado de “Land Rover chinês” por conta do design quadrado e proposta off-road. Com 4,78 metros de comprimento, dois metros de largura e tração 4×2 ou 4×4, o SUV combina o motor 1.5 turbo com dois motores elétricos, chegando a uma potência total próxima de 340 cv e 52 kgfm de torque

O modelo promete acabamento de luxo, com som Sony de 12 alto-falantes, teto panorâmico, bancos com aquecimento e ventilação e câmera 360°

Rival direto do GWM Tank 300, o T2 posiciona a Jetour na faixa dos SUVs híbridos premium. E reforça a ambição da marca de competir com gigantes do setor.

Jetour mira em independência e produção nacional

A Jetour chega ao Brasil com o plano de atuar de forma totalmente independente das demais operações da Chery no país. 

Diferente da Caoa Chery e da dupla Omoda & Jaecoo, a nova divisão chinesa terá estrutura própria de vendas e pós-venda, com rede de concessionárias e centro de distribuição de peças já instalado em Cajamar (SP). Segundo a marca, o objetivo é garantir autonomia estratégica e atendimento mais direto ao consumidor brasileiro.

O primeiro lote de veículos deve chegar ao porto de Vitória (ES) em dezembro de 2025, de onde seguirá para os pontos de venda espalhados pelo país. 

A marca optou por não participar do Salão do Automóvel de São Paulo, em novembro, para evitar repetir o erro de outras montadoras que exibiram modelos antes de tê-los disponíveis. 

O lançamento oficial está marcado para o primeiro trimestre de 2026, quando a Jetour pretende consolidar sua imagem de montadora voltada ao público que busca SUVs híbridos.

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Em paralelo à importação, a Jetour trabalha em planos de produção local. A empresa estuda montar seus veículos em território brasileiro no curto e médio prazo, com possibilidade de aproveitar o Polo Automotivo do Ceará, em Horizonte (CE)

Segundo Henrique Sampaio, diretor de Marketing e Produto da marca, há também a chance de compartilhar estruturas com outras operações do grupo ou até adquirir uma fábrica existente. “Podemos comprar uma fábrica, reformar uma já existente ou construir do zero”, disse o executivo à Quatro Rodas.