Caso Eloá: assista à entrevista polêmica de Sônia Abrão com Lindemberg

Com o lançamento do documentário Caso Eloá – Refém ao Vivo, na Netflix, o público resgatou a discussão sobre a cobertura emblemática da imprensa. O crime, que ocorreu em 2008, foi transmitido ao vivo por emissoras de TV.

Um dos nomes mais polêmicos envolvidos no caso é o de Sonia Abrão. Na época, a comunicadora entrevistou, ao vivo, durante o A Tarde é Sua, da Rede TV!, Lindemberg Alves, de 22 anos na época, e Eloá Pimentel, de 15, enquanto as negociações com a polícia ainda estavam em andamento.

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Caso Eloá: Refém ao vivo

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A atitude foi duramente criticada por autoridades e especialistas, por causa do risco de interferência direta na operação policial. O Ministério Público chegou a discutir a possibilidade de responsabilizar a emissora, sob a alegação de que a entrevista pode ter colocado as vidas das reféns em perigo.

De fato, o sequestro terminou de forma trágica: Eloá morreu no hospital após ter sido baleada na cabeça; sua amiga, Nayara Rodrigues, foi atingida com um tiro no rosto.

Reveja a entrevista:

Várias emissoras de TV entrevistaram o sequestrador ao vivo por telefone. Teve Sonia Abrão mediando negociação, teve Ana Hickmann pedindo pra ele fazer sinal na janela, teve comentarista dizendo que Lindemberg era só um rapaz apaixonado e que ele ainda se casaria com Eloá:
+ pic.twitter.com/mpVtgZ4FDu

— Vida de Jornalista (@vida_jornalista) October 13, 2021

Sobre o caso

Eloá Pimentel foi sequestrada e assassinada em 2008 pelo próprio ex-namorado, Lindemberg Alves. Ela foi mantida refém em Santo André, São Paulo.

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O caso mobilizou o país: foram 100 horas de negociações com a polícia, que tentou de todas as formas resgatar a adolescente com vida e impedir o desfecho trágico.

Após quatro dias de tensão, Eloá foi baleada pelo sequestrador. Ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e teve morte cerebral.

O crime é retratado no documentário Caso Eloá: Refém ao Vivo, recém-lançado na Netflix. A produção traz depoimentos inéditos dos pais de Eloá, do irmão Douglas e da amiga Grazieli Oliveira, que falam publicamente sobre o caso pela primeira vez. A produção também conta com relatos de jornalistas e autoridades que acompanharam o crime.