O secretário de Governo, Luiz Calixto, participou nesta terça-feira (4) do podcast Em Cena, do ContilNet, e comentou sobre o cenário político acreano para as eleições de 2026. Durante a entrevista, o gestor analisou os principais nomes que devem disputar o governo do Estado e opinou sobre quem, entre eles, estaria mais alinhado ao bolsonarismo.

Ao comentar sobre a vice-governadora Mailza Assis, Calixto afirmou que ela é apoiadora de Bolsonaro: Foto/Reprodução
Calixto iniciou sua análise falando sobre o senador Alan Rick, líder nas pesquisas de intenção de voto, e afirmou que ele não representa a direita como costuma se autodefinir. O secretário observou que o parlamentar já havia elogiado o presidente Lula em uma entrevista recente e justificou que essa postura se deve à boa relação do senador com o governo federal, especialmente pela liberação de emendas. Para Calixto, esse comportamento demonstra que Alan “não é tão bolsonarista como dizem”.
Ao comentar sobre a vice-governadora Mailza Assis, Calixto afirmou que ela é apoiadora de Bolsonaro, mas se destaca por uma postura mais equilibrada. Segundo ele, Mailza é “bolsonarista”, mas “não radical”, e adota uma linha moderada que valoriza o diálogo entre diferentes correntes políticas. O secretário ressaltou que ela “aceita o diálogo, entende que a sociedade tem outras forças políticas que precisam conversar” e que “não tem cegueira política”.
Calixto voltou a criticar o senador Alan Rick, afirmando que o parlamentar seria, na verdade, “muito mais petista do que bolsonarista”, relembrando sua origem política ligada aos ex-governadores Tião e Jorge Viana. Ele destacou ainda que o rótulo de “bolsonarista” passou a ser usado por muitos políticos locais por conta da popularidade de Bolsonaro no Acre, que alcançou cerca de 70% dos votos nas últimas eleições.
Sobre o prefeito Tião Bocalom, o secretário considerou que suas ações administrativas se aproximam mais dos princípios da esquerda do que da direita. Como exemplo, citou o sistema de abastecimento de água em Rio Branco, apontando que o gestor “não quis firmar parceria público-privada” para solucionar o problema, o que, segundo Calixto, representa uma prática típica da esquerda. Ele destacou que a capital acreana é “a única do país que não fez essa parceria”, optando por uma postura “cartorial da legítima esquerda”.
Ao longo da entrevista, o secretário reafirmou sua avaliação de que Mailza Assis é a figura que mais se alinha ao bolsonarismo no estado, mas de forma “sem radicalismo”. Para ele, Mailza representa a direita moderada, enquanto Alan Rick e Tião Bocalom estariam apenas tentando “surfar na onda” bolsonarista. Calixto lembrou que Alan deu nota 5 ao presidente Lula — “nota que passa pela média” — e que Bocalom, apesar de se dizer de direita, “aplica tudo que a esquerda aplica”.
Encerrando a conversa, Calixto reiterou que Mailza é a pré-candidata que mais expressa os valores do bolsonarismo no Acre, “sem ser extremista, sem ser radical, sem ser da extrema-direita”. Ele reforçou que, embora o partido e o histórico político da governadora sejam alinhados ao ex-presidente, ela jamais adotou posturas de intolerância ou extremismo.
