Após acidentes com ônibus em Rio Branco, Ricco Transportes divulga laudo e contesta acusações

A empresa apresentou documentos técnicos, relatórios de vistoria e explicou caso a caso

A Ricco Transportes e Turismo divulgou uma nota nesta terça-feira (25) para rebater versões que circularam nos últimos dias sobre uma série de ocorrências envolvendo ônibus do transporte coletivo de Rio Branco. A empresa apresentou documentos técnicos, relatórios de vistoria e explicou caso a caso, afirmando que não houve falhas mecânicas decorrentes de falta de manutenção ou negligência.

A empresa apresentou documentos técnicos, relatórios de vistoria e explicou caso a caso/Foto: Reprodução

Segundo a Ricco, o episódio registrado no dia 4 de novembro, quando um ônibus teve o eixo traseiro arrancado em plena Avenida Chico Mendes, foi analisado pelo Laudo Pericial nº AC20250125171, assinado pelo engenheiro mecânico Marcelo Jorge Torres. O documento concluiu que a ruptura dos quatro grampos do feixe de molas ocorreu devido a degradação microscópica do aço, acelerada pelas condições severas de tráfego na capital. O fenômeno, conforme o relatório, é considerado imprevisível e indetectável em manutenções de rotina, sem relação com falha operacional da empresa.

Ônibus tem rodas soltas/Foto: ContilNet

Sobre a ocorrência do dia 19 de novembro, a Ricco afirma que o problema não foi mecânico, mas falha humana. Segundo a nota, o manobrista deixou de acionar o freio de estacionamento ao descer do veículo ainda ligado. O coletivo estava parado no pátio, não tinha iniciado a jornada e aguardava liberação. A empresa ressaltou que não havia motorista no momento do incidente.

Já o caso do dia 23 de novembro, quando uma mãe e uma criança caíram ao tentar entrar no ônibus, segue em investigação pela Polícia Civil. Testes preliminares feitos no local, de acordo com a Ricco, não apontaram falha no sistema de porta PCD.

Ônibus solta fumaça no terminal/Foto: Reprodução

Em relação ao fato divulgado no dia 25 de novembro, inicialmente tratado como uma suposta “quebra de barra de direção”, a empresa afirmou que esta versão não procede. A Ricco explicou que o ônibus teve a roda encalhada em um buraco após o motorista realizar uma conversão proibida, o que provocou o desligamento brusco do veículo. A única irregularidade confirmada foi a queima do motor de partida, causada por tentativa de ligar o ônibus com o câmbio engatado, o que caracteriza erro operacional. O motorista foi advertido.

A empresa reforçou que mantém protocolos rígidos de manutenção, que já investiu mais de R$ 30 milhões na operação emergencial e que defende a realização de licitação transparente para definir a futura operadora do sistema de transporte público de Rio Branco. A Ricco também lamentou a circulação de informações distorcidas e afirmou que continuará prestando todos os esclarecimentos necessários, destacando seu compromisso com a segurança e a qualidade do serviço.