André Lago elogia China e destaca importância do financiamento privado

Logo depois de abrir, oficialmente, a COP 30 em Belém, o presidente da conferência do Clima no Brasil, André Lago, elogiou a atuação da China como país em desenvolvimento no contexto da transição energética.  

“Acho que a China abraçou essa agenda de uma forma extraordinária. Não preciso dizer o quão importante ela se tornou para veículos elétricos, painéis solares, energia eólica e baterias. Mas destaco uma consequência importante: se o custo de um painel solar hoje é 90% menor do que alguns anos, muito mais pessoas no mundo em desenvolvimento podem comprá-lo”.

De acordo com o embaixador Lago, o gigante asiático “adicionou os elementos” que ele considera que estavam faltando, como tecnologia e soluções acessíveis a mais pessoas. Lago também destacou o papel da Índia nesse ponto e citou que o país também caminha na mesma direção da China.

Em relação ao financiamento mundial para a transição energética justa e o combate à emergência climática, o presidente da COP30, André Correa Lago, destacou como fundamental o investimento também do setor privado nessa iniciativa.

“Muitas delegações concordam que o setor privado pode ter uma contribuição importante, mas que o dinheiro público continua sendo absolutamente essencial. Naturalmente também precisamos captar muito mais dinheiro privado”.

Perguntado sobre o compromisso dos países do Norte global, em comparação com os do Sul Global, Lago disse que “os países desenvolvidos já possuem um nível equilibrado de desenvolvimento social e econômico, e por isso encaram a transição energética de uma maneira diferente do Sul Global”.