Acre tem redução de emissões de carbono e atrai novos investimentos na COP30, diz secretário

Estado mostra resultados de diminuição de desmatamento e projetos de bioeconomia

O Acre vem se consolidando como referência em políticas ambientais e na redução de emissões de carbono, apontou o secretário de Meio Ambiente do estado, Leonardo Carvalho, em entrevista ao podcast Em Cena. Segundo ele, a participação do Acre na COP30, realizada recentemente, teve como foco mostrar os avanços do estado em sustentabilidade e abrir portas para novos investimentos.

“Nosso objetivo foi manter a reputação do Acre como líder em questões ambientais e mostrar oportunidades de investimento”, destacou o secretário. Carvalho lembrou que, em sua primeira participação na COP em Glasgow, em 2021, o Acre ainda enfrentava altos índices de desmatamento e emissões, mas desde então realizou um trabalho contínuo de redução e controle dessas taxas.

Estado mostra resultados de diminuição de desmatamento e projetos de bioeconomia/Foto: ContilNet

Durante a conferência, a equipe acreana apresentou resultados recentes de diminuição de emissões e fortalecimento das políticas públicas voltadas à preservação ambiental. Entre as ações destacadas estavam iniciativas de bioeconomia, artesanato e extrativismo sustentável, além de projetos voltados aos povos indígenas, que incluíram acordos de captação de recursos com o BNDES e o Fundo Amazônico.

Carvalho também ressaltou a importância do networking proporcionado pela COP30. “Em poucos dias, conseguimos contatos que levariam anos para serem feitos, incluindo ministros, autoridades internacionais e representantes de grandes empresas, como a Microsoft, que firmou acordo de cooperação com a SEMA para usar inteligência artificial na capacitação de servidores e análise de dados ambientais.”

Outro ponto importante foi a negociação de créditos de carbono. O Acre já possui parcerias comerciais com instituições financeiras internacionais, incluindo o banco inglês Standard Chartered, e deve receber a certificação oficial nos próximos seis meses. Essa certificação será concedida após auditoria externa por empresa internacional credenciada, garantindo a veracidade das reduções de emissões e o diálogo com as comunidades locais.

“Recebendo esse certificado, mais investimentos devem vir com certeza”, afirmou o secretário. O resultado é um estado mais atrativo para o mercado internacional e preparado para ampliar a sustentabilidade e a economia verde na Amazônia Legal.