O deputado Fagner Calegário utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) nesta terça-feira (11) para denunciar que o Governo do Estado acumula dívidas superiores a R$ 50 milhões com empresas terceirizadas.
Segundo o parlamentar, a falta de repasses já está afetando diretamente os trabalhadores e pode comprometer o pagamento do 13º salário em várias regiões, incluindo Cruzeiro do Sul e Brasiléia.

O deputado alertou ainda que, caso o problema não seja resolvido, milhares de famílias poderão ficar sem o benefício natalino: Foto/Reprodução
“O que me traz aqui hoje é uma tragédia que eu já vinha anunciando: o débito do Governo com as empresas terceirizadas ultrapassa 50 milhões. As empresas não têm mais caixa para gerir os seus contratos. Tem colaboradores reclamando que não receberam salário. Isso é um assunto que a gente já vem debatendo há muitos meses”, afirmou Calegário.
O deputado alertou ainda que, caso o problema não seja resolvido, milhares de famílias poderão ficar sem o benefício natalino.
“Chegamos em novembro e, semana que vem, é a semana do pagamento da primeira parcela do 13º salário. Se as empresas não conseguirem pagar o salário de outubro, não vamos ter pagamento da primeira parcela do 13º. Precisamos montar uma força tarefa aqui e ajudar esses pais de famílias que estão com as contas atrasadas. Ou vamos fazer isso, ou não vamos ter Natal para mais de 10 mil trabalhadores do estado do Acre”, concluiu.
Procurado pela reportagem, o secretário de Planejamento do Estado, Ricardo Brandão, afirmou que a questão está relacionada a repactuações de contratos de mão de obra terceirizada, e não ao pagamento mensal dos salários.
“Tem uma discussão sobre a repactuação de contratos terceirizados. Acredito que essa dívida deve ser sobre essas repactuações de contratos de mão de obra terceirizada, mas isso não compromete o pagamento do mês, entende? Uma coisa é o pagamento correto dos salários, outra é aqueles órgãos que não fizeram as repactuações dentro dos prazos, os pagos no contrato. Isso aí tem que ser discutido caso a caso. A repactuação é uma recomposição geral do valor dos contratos. Só que aí ela é discutida contrato a contrato, órgão a órgão, né? Então não dá para generalizar e dizer que é o governo. São alguns órgãos que têm repartições a serem ajustadas”, explicou.
