Desde que foi condenada pelo polêmico assassinato dos próprios pais, Suzane von Richthofen se tornou uma das criminosas mais conhecidas do país. E agora, a história dela volta aos holofotes com a estreia de Tremembé, que chega ao Prime Video nesta sexta-feira (31/10) e tem Marina Ruy Barbosa no papel dela.
Há alguns anos, porém, Suzane não cumpre mais pena no presídio dos famosos. Depois de passar 20 anos atrás das grades, a herdeira conquistou na Justiça direito à progressão da pena e, desde janeiro de 2023, cumpre o resto da sentença em regime aberto.
Para convencer o juiz de que estava apta a ser reintegrada na sociedade, ela precisou passar por novos testes criminológicos, que estudaram o perfil de Suzane e avaliaram se ela seria capaz de cometer um novo delito. “Suzane entende que suas necessidades sejam centrais e se preocupa basicamente com elas”, diz trecho do laudo do teste de Rorschach realizado com ela em 2018.
“Vazia e impessoal, Suzane depende fundamentalmente do ambiente externo para se orientar da vida. (Se ela vai cometer outro crime?) Isso depende unicamente das influências do meio social e das necessidades pessoais da sentenciada”, completa o laudo, obtido pelo autor Ulisse Campbell e publicado no livro Suzane: Assassina e Manipuladora, uma das obras que inspirou a série.
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Marina Ruy Barbosa e Suzane von Richthofen.
Reprodução/Internet.

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Suzane von Richthofen será vivida por Marina Ruy Barbosa
Reprodução

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Suzane von Richthofen
Reprodução/Internet.

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Suzane von Richthofen
Robson Fernandes/AE

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Suzane von Richthofen
reprodução

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O último namoro da criminosa foi com Rogério Olberg. Parte do relacionamento aconteceu por cartas
Foto cedida ao Metrópoles

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Ex-namorado de Suzane, Daniel Cravinhos, executou o crime

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Suzane von Richthofen, condenada a 39 anos pela morte dos pais
Ullisses Campbell/Veja

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Suzane Von Richthofen foi condenada a 39 anos de prisão pela morte dos pais
Reprodução
A autorização para terminar de cumprir a pena de 34 anos e 4 meses em liberdade veio após cinco anos de tentativas de Suzane com a Justiça. Antes disso, ela cumpria a sentença em regime semiaberto. Durante este período, porém, a assassina teve uma série de complicações com as autoridades.
Para se beneficiar das saidinhas, para as quais precisava de um endereço fixo, começou a se relacionar com Rogério Olberg em 2015. No entanto, ela teve o benefício revogado duas vezes: a primeira por informar o endereço errado do namorado às autoridades — em uma tentativa de despistar a imprensa e curiosos — e a segunda por infringir o toque de recolher para comparecer ao casamento de Vanessa dos Santos Martins, outra detenta de Tremembé.
O relacionamento com Olberg, porém, chegou ao fim em 2020. O empresário teria descoberto que Suzane mantinha em segredo uma conta com mais de R$ 120 mil. Segundo o Extra, a presidiária teria recebido o dinheiro em 2015, após conceder uma entrevista exclusiva para Gugu Liberato.

Do semiaberto à maternidade
Após o rompimento, Suzane focou na religião e nos estudos. Convertida evangélica, a condenada decidiu estudar pedagogia a distância, mas trocou para o curso de biomedicina e depois para o de psicologia. Ela, no entanto, não completou nenhuma das formações.
Desde que passou a cumprir pena no regime aberto, Suzane encontrou o amor, deu início a uma nova família e, inclusive, tentou fazer as pazes com o irmão, Andreas.
Pelas redes sociais, ela conheceu o médico Felipe Zecchini Muniz em 2023, mesmo ano em que deixou o presídio. Em pouco tempo de relacionamento, o casal oficializou a união e se mudou para a casa do dele em Bragança Paulista. Ao se casar, ela assumiu um novo nome: Suzane Louise Magnani Muniz, adicionando o segundo nome que usava desde a época do regime semiaberto, o sobrenome da avó materna e o sobrenome do marido.
O casal deu à luz ao primeiro filho em 2024. Além da filha com a criminosa, Felipe tem ainda outras três filhas do antigo casamento. O novo relacionamento, segundo Ulisses Campbell, teria atraído o receio da ex-mulher, que se recusava a deixar as crianças ficarem sob o mesmo teto da criminosa, e dos colegas de profissão do médico.
Muniz teria sido demitido da clínica particular onde atuava por “incompatibilidade profissional”, mas passou em um concurso público para o interior de São Paulo neste ano. Juntos, Suzane e Felipe vivem bem longe dos holofotes em Águas de Lindóia (SP), onde o médico foi convocado para assumir a nova vaga e ela está matriculada no curso de direito em uma faculdade.
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