Réus são condenados a mais de 300 anos por tentativa de homicídio e tiroteio em Sena Madureira

Julgamento durou três dias e envolveu integrantes de facção que atuava no Segundo Distrito do município

Após três dias de julgamento, o Tribunal do Júri de Sena Madureira proferiu, na noite de quinta-feira (23), sentenças que somadas ultrapassam 300 anos de prisão contra cinco réus acusados de integrar uma organização criminosa e de participarem de uma tentativa de homicídio e disparos em via pública ocorridos no ano passado na comunidade do Segundo Distrito. O julgamento foi conduzido pelo juiz Éder Viegas.

Segundo os autos, os acusados foram levados ao banco dos réus e, ao final das sessões, receberam penas individuais que variam de 35 a 101 anos. As penas aplicadas pelos crimes imputados a cada um dos réus foram as seguintes: José Fernando Vale da Silva — 35 anos; Railan Rodrigues da Silva — 35 anos; Antônio Eliomar da Silva Manuário — 71 anos; José Ribamar Queiroz da Silva — 101 anos; e Raí Queiroz da Silva — 60 anos.

Réus foram condenados por tentativa de homicídio e participação em tiroteio no Segundo Distrito de Sena Madureira; penas somadas ultrapassam 300 anos/Foto: Reprodução

A acusação sustentou no Tribunal que os réus integravam uma organização criminosa responsável por atos de violência na região do Segundo Distrito, entre eles disparos em via pública e uma tentativa de homicídio ocorrida no ano anterior. A instrução do processo, com apresentação de testemunhas e provas, teve sequência ao longo dos três dias do júri antes da leitura das sentenças. (Observação: a matéria restringe-se aos fatos já divulgados e não relata detalhes do conteúdo das provas ou dos depoimentos além do que consta nas comunicações oficiais.)

Logo após a leitura das penas, os condenados foram reconduzidos por policiais penais ao Presídio Evaristo de Moraes, onde já se encontravam custodiados desde as fases iniciais das investigações e prisões. A execução das penas e eventuais recursos cabíveis seguirão os trâmites previstos na legislação penal.

O caso reacende preocupações da comunidade do Segundo Distrito em relação à violência. Nos registros de segurança da região há outros episódios relacionados a confrontos e armas de fogo — por exemplo, ações policiais registradas em agosto de 2024, quando a Polícia Militar intensificou operações no bairro e apreendeu uma escopeta após um tiroteio, segundo comunicados do 8º BPM. Autoridades locais afirmaram, à época, que as operações continuariam sendo intensificadas para retomar o controle das áreas afetadas.

Representantes da segurança pública afirmam que operações e reforço de policiamento são medidas recorrentes enquanto houver indícios de atuação de facções que ameacem a ordem pública. Moradores do Segundo Distrito relatam nervosismo e expectativa de maior presença policial após o desfecho do julgamento, na esperança de redução nos confrontos e em atos de intimidação.

A defesa dos condenados pode apresentar recursos às decisões do Tribunal do Júri; o andamento desses recursos ficará registrado na comarca de Sena Madureira. Enquanto isso, as autoridades judiciárias e policiais seguem acompanhando os desdobramentos do caso e possíveis desmembramentos de investigações relacionadas. As informações são do Radar 104.