O furacão Melissa, que vem provocando fortes ventos e chuvas intensas em países do Caribe, não deve trazer impactos diretos para o Acre. A informação é do cientista ambiental Foster Brow, professor e pesquisador do Parque Zoobotânico da Universidade Federal do Acre (Ufac).
Segundo ele, o fenômeno se forma devido ao superaquecimento das águas do oceano, condição que alimenta a força dos furacões.
“Esses eventos precisam de águas bem quentes para se desenvolver. É isso que forma e mantém a intensidade do furacão”, explicou.
Brow acrescenta que o período entre julho e novembro é o mais propício para a ocorrência desses fenômenos, especialmente na região do Atlântico Norte, onde as temperaturas do mar permanecem elevadas. “Quando chega o inverno no Hemisfério Norte, as águas esfriam e o risco de novos furacões diminui”, afirmou.
O pesquisador analisou imagens recentes do furacão Melissa e destacou que a Jamaica está entre os locais mais afetados, com ventos ultrapassando 200 km/h e chuvas acima de 250 milímetros — volume equivalente ao que normalmente ocorre durante todo o mês de janeiro na região do Acre — nos próximos dias é provável que atinja Cuba.
“É um evento extremo que exige atenção e preparação das autoridades locais, mas felizmente não há qualquer possibilidade de reflexo meteorológico no Acre”, reforçou o cientista.
O furacão Melissa faz parte da temporada de tempestades tropicais de 2025 e tem sido monitorado por agências meteorológicas internacionais devido à sua rápida intensificação.
