Conhecida como Penélope, a integrante do Comando Vermelho atuava na linha de frente da facção e foi morta durante a megaoperação que deixou 64 mortos nos complexos do Alemão e da Penha
Uma das principais integrantes do Comando Vermelho (CV), conhecida pelos apelidos “Penélope” e “Japinha”, foi morta durante o confronto entre criminosos e forças de segurança nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, nessa terça-feira (28/10).
Material cedido ao Metrópoles
Segundo informações obtidas pela reportagem, Penélope foi atingida por um disparo de fuzil na cabeça após resistir à abordagem e abrir fogo contra os agentes. Ela estava vestida com roupa camuflada e colete tático, com espaços para carregadores de fuzil, o que confirma seu papel ativo na linha de frente da facção.
O corpo foi encontrado próximo a um dos acessos principais da comunidade, após horas de intenso tiroteio.
Figura de confiança da cúpula do tráfico
De acordo com investigações da Polícia Civil, Penélope era considerada uma figura de confiança dos líderes locais do tráfico e atuava na proteção de rotas de fuga e na defesa dos pontos estratégicos de venda de drogas.
A criminosa integrava um grupo responsável por garantir a segurança e o deslocamento das lideranças do CV durante operações policiais, além de participar de ações de vigilância armada e controle de território.
A operação mais letal da história do Rio
A morte de Penélope ocorreu durante a maior e mais letal operação policial da história do estado, que terminou com 64 mortos — incluindo quatro policiais — e 81 presos.
Batizada de Operação Contenção, a ação mobilizou 2,5 mil agentes de diversas corporações, entre Polícia Civil, Polícia Militar e unidades especiais, com o objetivo de conter o avanço territorial do Comando Vermelho e desarticular sua base logística.
Veja imagens:
Madrugada de terror nas comunidades
Moradores relataram madrugada de pânico, com helicópteros sobrevoando as comunidades e blindados avançando pelos becos e vielas. O som de tiros e explosões se estendeu até o amanhecer, principalmente nas regiões da Grota, Fazendinha e Vila Cruzeiro.
Mesmo com o cerco intenso, parte dos criminosos conseguiu escapar por rotas alternativas, incluindo túneis e passagens camufladas entre casas e muros — tática semelhante à utilizada durante a histórica invasão ao Alemão, em 2010.
Fonte: Metrópoles, O Globo, G1, Agência Brasil
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